12 de set. de 2008

Voltei, com mais um capítulo de "A Advogada"

_ Você deve estar me achando a mulher mais idiota do mundo, mas eu preciso pensar. Na última vez que tomei uma atitude precipitada, deu no que deu.
_ Você tem até amanhã – falou sério, mas no íntimo pensou que poderia esperá-la até a última hora antes do seu embarque – Enquanto você começa a pensar, que tal conversarmos sobre outros assuntos? Você já jantou? – perguntou antes que ela reclamasse do prazo para dar a resposta – Podemos pedir um dos pratos aqui do pub. Soube que eles fazem uma Shepherd’s Pie excelente aqui. Você já provou? È feita de carne de carneiro e é típica inglesa.
_ Não estou com muita fome...
_ Então dividimos uma. Topa?
Diante do largo sorriso e da paciência de Gerry para com ela, não teve como negar o oferecimento.
_ Está bem – disse, esboçando um tímido sorriso.
Ficou observando-o, enquanto ele chamava o garçom e fazia o pedido deles. Era difícil negar qualquer coisa a ele. Gerry era um belo homem, extremamente sedutor e gentil. Precisava ser firme e dar um tempo para conhecê-lo melhor e poder certificar-se de que a sua primeira impressão, de quando o conheceu, era verdadeira. Não queria enganar-se novamente.
Quando ele voltou a olhá-la, provocou-lhe um estremecimento e um calor que lhe percorreu o corpo todo. Ficou com medo que ele pudesse ter notado. Mas ele apenas falou:
_ Sylvia, quanto ao Edward, não fique zangada com ele. Ele agiu com a melhor das intenções. Fui ameaçado de morte violenta, caso a faça sofrer. Assim, sinta-se protegida, pois não quero morrer cedo – e riu, conseguindo arrancar mais um sorriso de Sylvia – É bom vê-la sorrir para mim de novo.
_ O Ed é como um irmão para mim – retorquiu ela, fazendo de conta que não tinha ouvido a última frase dele. Ele nunca agiu desta forma antes.
_ Talvez ele ache que eu seja suficientemente bom para você. Quando nos conhecermos melhor, você vai ver que não sou tão mau assim.
_ Quando eu o encontrar vou lhe dizer que ele me enganou, me fazendo pensar que era bom farejador só de negócios.
_ E o que você acha que ele “farejou” em mim? – e começou a cheirar-se sob as axilas e a abrir a camisa e cheirar o peito.
Ela não resistiu e começou a rir.
_ Acho que ele farejou um bobo... Um bobo muito charmoso...
Apesar de ter gostado do último adjetivo, Gerry preferiu adotar a técnica de ignorar o elogio e mudar de assunto. Ela estava começando a se soltar. Apenas continuou rindo e perguntou:
_ Vocês nunca namoraram?
_ Não.
_ Por quê? Você sendo tão bonita, colega dele...Nunca pensaram nisso?
_ Realmente, nunca nos passou pela cabeça este tipo de relação. Desde o início fomos só amigos.
A partir deste momento, Sylvia passou a contar sobre como havia conhecido Edward logo após ambos terem sido chutados por seus respectivos namorados, no primeiro ano da faculdade.
A conversa começou a fluir por ambos os lados. Gerry evitava qualquer atitude de conquista, com medo de assustá-la e fazer voltar tudo a estaca zero. Não queria perdê-la novamente. Deixaria que, no momento certo, ela demonstrasse que o queria.
Após o jantar, que durou mais de duas horas, Gerry levou-a até o hotel e despediu-se dela, no saguão, com um suave beijo no rosto.
_ Te ligo amanhã para saber a sua resposta ao meu convite. Boa noite.
_ Boa noite...
Apesar da louca vontade de jogar-se nos braços dele e pedir perdão por estar sendo tão cabeça-dura, resistiu e encaminhou-se para o seu apartamento.
Foi difícil encontrar o sono naquela noite. Os pensamentos com Gerry a perturbavam constantemente. Quando finalmente chegou a conclusão de qual deveria ser a sua resposta, dormiu como uma pedra.
Na manhã seguinte acordou bem disposta e louca para tomar um belo café da manhã. O telefone tocou no momento em que ela saia do banho.
_ Que tal uma caminhada no Central Park? O dia está lindo.
Ela sorriu ao ouvir o inesperado convite.
_ Aceito.
_ Então passo para pegá-la dentro de ...trinta minutos. Está bom?
_ Está ótimo!
_ Vejo que acordou bem disposta hoje.
_ Você acha? Talvez... – ele devia estar louco para saber a sua resposta, mas o faria sofrer um pouquinho mais. “Devo estar me tornando uma sado-masoquista”, riu intimamente.

No horário combinado, Gerry estava no saguão do hotel. Ele conseguia chamar a atenção de todas as mulheres e de alguns homens pelo seu porte elegante. Estava trajando uma calça de moletom azul, sendo que a jaqueta, da mesma cor, aberta, deixava entrever a camiseta branca justa, que torneava um tórax amplo e forte, de músculos trabalhados em academia. Seus olhos pareciam mais verdes do que nunca, realçados pela pele bronzeada. Esta visão fez Sylvia imaginar o que outras mulheres diriam se soubessem que ela estava menosprezando este homem. Mas ela precisava saber se ele não era apenas uma bela aparência. Queria conhecer o que havia por trás de todo aquele charme tão irresistível.
_ Bom dia! Que pontualidade – saudou-o alegremente.
_ Bom dia. Não gosto de deixar ninguém esperando respondeu Gerry, tocando-a no ombro e curvando-se para beijá-la...no rosto – Vamos? Você gosta mesmo de caminhar?
_ Muito. Infelizmente não tenho muito tempo por causa do trabalho. Gostaria de fazer caminhadas diárias.
_ Eu gosto muito, mas ultimamente sempre tem um fotógrafo no meu pé. Aí acabo pensando duas vezes antes de sair na rua. Aqui em Nova Iorque é melhor, mas em Los Angeles é praticamente impossível.
Saíram lado a lado, conversando amenidades. Gerry era muito bem humorado. Contava piadas, fatos engraçados que aconteceram com ele. Mas também deixava espaço para ela contar coisas suas. Quem olhasse os dois caminhando juntos, diriam que eram velhos amigos. Após uma hora de caminhada, pararam para beber água num pequeno quiosque dentro do parque. Ele acabou por tirar o casaco do abrigo, pois o calor no parque aumentara e ele começara a suar. Sentaram-se a sombra de uma frondosa cerejeira e, após alguns goles de água, Gerry olhou Sylvia e, não resistindo, perguntou:
_ Já tem uma resposta para me dar sobre o meu convite?
_ Você me deu um prazo até hoje. Eu considero que hoje só acaba a meia noite. Estou errada? – falou isso sem coragem de olhá-lo, pois com certeza fraquejaria no seu intuito se assim o fizesse.
“Ela está sendo mais difícil do que eu esperava...Mas eu gosto disso”, pensou, enquanto sorria sarcásticamente para sua companheira de “jogging”.
_ Sem problemas. Eu espero a sua decisão. Sendo assim, que tal jantarmos hoje à noite? Quero estar ao seu lado para ouvir sua decisão ao vivo.
_ Você acha isso tão importante?
_ Muito... – ele a olhou de um jeito que ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo de alto a baixo. Mais uma vez teve que desviar seu olhar do dele para não ser traída.
Depois de um período de silencio, ele retomou a palavra.
_ Você já tem algum compromisso para hoje à tarde?
_ Não... – enquanto ela tentava arranjar uma desculpa para não encontrá-lo antes do jantar, ele falou:
_ Que pena. Eu gostaria de almoçar com você e fazer algum passeio. Tem lugares lindos por aqui. Mas infelizmente tenho compromissos no horário do almoço e por toda à tarde. Só vou poder vê-la à noite.
_ Não se preocupe – respondeu, ligeiramente perturbada por ter sido rejeitada antes que pudesse negar um suposto convite para continuarem juntos. Rapidamente pensou numa saída para a situação – Eu estava pensando mesmo em visitar mais uma agencia de turismo e ver os planos de viagem...
Ela conseguira irritá-lo com esta última frase. Pode ver claramente na expressão dura que surgiu na face de Gerry. Para tentar amenizar, falou, antes que ele pudesse reagir:
_ Como ainda não resolvi como serão as minhas férias, preciso ter opções. Você não acha?
- disse-lhe com um sorriso.
“Ela está tentando me tirar do sério...mas não vai conseguir. Não vai não...”
_ Você tem toda a razão – e devolveu-lhe o sorriso, encantadoramente – Sylvia, eu preciso ir agora. Quer que eu a deixe no hotel?
_ Ah...Não, não é necessário. Vou andar mais um pouco e...pensar.
_ Isto. Pense bem... e com carinho, sobre a minha proposta. Te pego as 20 horas no hotel. Está bom para você? – perguntou-lhe, tentando aparentar indiferença com a provocação dela.
_ Está ótimo. Vou estar a sua espera.
Mais uma vez ele se aproximou e, sem deixar de mirá-la nos olhos, chegou com seus lábios muito próximos aos lábios dela, para no último momento desviar para o rosto.
_ Até mais , então – virou- se costas e saiu andando sem olhar para trás.
Ficou observando-o, até que ele desaparecesse entre as árvores do parque, e pensando até quando conseguiria manter aquele jogo de “gato e rato”.


Deixo aqui, para a babação geral, o Gerry vestido para enlouquecer a Sylvia em sua caminhada pelo Central Park...





O que voce faria se encontrasse este "monumento" vindo em sua direção, com os olhos verdes fixos em voce, durante uma caminhada no parque?
Eu prefiro não comentar...como diz a Copélia...Hihihi!

Beijinhos!!!

6 comentários:

Ligia Bento disse...

Caraca! Que pergunta heim, Ro.
Também farei como a D. Copélia...

Unknown disse...

kkkkkk, Ro tbm faço como vc como a Ly e a copélia, prefiro não comentar até mesmo pq, meus pensamentos diante desta visão são impublicaveis hahahaha...
Agora essa Sylvia já ta me enchendo a paciência affff se fazendo de dificil para um monumento desses até parece né, Gerry deixa essa chata de lado e me convida pra viajar para seu quarto com vc meu bem hasuhasuahuahs..quem dera
Ro to adorando essa fic, acho que é melhor que eu já li até agora, mais não poderia ser difenrente já que a autora é vc né miga!!!
beijinhus...

Anônimo disse...

tá mto bom isso aqui!!! tava acompanhando no orkut, mas aqui tá bem melhor!
ai, eu não ia conseguir resistir tanto... por mais que ele tivesse pisado na bola comigo... ele sabe fazer a gente se derreter...rsrs
rosane, vai firme que tá ótimo!!!!

Anônimo disse...

Rosane, eu to adorandoooo!!!como disse a thaís aí em cima aqui tá melhor que no orkut rsrsrsrsrs!!!
Se fosse eu já tinha aceitado há muito tempo não precisava nem perguntar duas vezes eu já tava era arrumando as malas kkkk!!!
Não para de postar naoo Rosane!!!!
bjss

Lucy disse...

Tô aqui vivenciando a situação da Sylvia - ela ali sentada num misto de emoções: alegria, medo, paixão, constrangimento...

Ai que coisa boa acordar com um convite desses! Não tem coisa melhor do que, já ao acordar, ser surpreendida de forma tão atenciosa e carinhosa... Tô mais apaixonada ainda..., pode?

Meu Deus! E o espertinho já vem exibindo os brações e o chester deliciosamente esculpido... eta, Sylvia mais sortuda!!!

Acho que vc está acertando nas atitudes do Gerry, ele parece ser assim mesmo.

Eu, no lugar dela, faria igualzinho o que ela está fazendo, ela tem que se mostrar forte e se valorizar, senão ele vai ficar se achando o tal...Nossa, mas ele é O TAL!!! (rssrsrrsrsr).

Mas não vou mentir não, amiga, tô doidinha pra chegar nos "finalmente"...
Beijinhos

Lucy disse...

Já ia me esquecendo, Ro: quanto a sua perguntinha, se eu visse esse Deus escocês vindo na minha direção, com o olhar que já me desnuda até a alma - vou responder da forma com que, há um tempinho atrás, falei com a Nequi - três coisas poderiam acontecer:
1- eu fico estagnada feito uma tonta, abobalhada, não consigo me mexer, nem falar - bom, mas depois que ele passa, aí eu me mato!
2- eu simplesmente desmaio - depois, me mato tb!
3- ai... ai..., amiga, não resisto, jogo a minha timidez pra escanteio e agarro o homem! huahuahuahua...
A Nequi, muito generosamente, disse que ela mesmo iria preferir agarrar o Gerry, mas visto que diante das circunstâncias isso poderia causar o meu suicídio, ela o deixou pra mim!
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥E EU QUERO!!!!!!!!!!

Beijinhos