6 de set. de 2008



Continuando ....




Ao sair, Sylvia notou os olhares curiosos e dissimulados de seus colegas.
Achava graça nesta mania de Edward tentar insinuar que havia um caso entre eles. Apesar de não gostar muito desta estória, acabava participando. Às vezes era uma boa desculpa para escapar de alguns sujeitos inconvenientes.
Já eram 21:30 horas, quando saíram do trabalho rumo a um restaurante novo, o O-Bar, no Santa Mônica Blv., em West Hollywood. Tinham ouvido falar muito bem da cozinha e do ambiente. Longos móbiles de quartzo branco desciam do alto do teto, maravilhosas cortinas armadas como tendas em cada mesa de jantar, dando um ar de mistério ao ambiente. Era um lugar de sonho e romance. Não me pareceu muito indicado para um jantar entre amigos, mas era bom conhecer e saber que havia um lugar assim para ir com alguém especial. Tivemos sorte de conseguir lugar. Talvez porque fosse uma quinta feira e o movimento fosse menor. Normalmente, fomos avisados, necessitaríamos de reserva, com antecedência.

Ele estava numa das mesas próximas ao bar do O-Bar, conversando com uns amigos, antes de voltar para seu apartamento. Estava aproveitando que não teria filmagens nas próximas semanas e resolvera relaxar um pouco. Foi quando viu aquela bela mulher, vestida elegantemente com um tailleur mostarda, com uma saia que deixava ver as pernas bem torneadas, sem ser curta demais. Seus cabelos negros estava presos na nuca e alguns fios despenteados lhe caiam sobre o rosto. A maquiagem era leve, mas realçava a boca de lábios cheios e, provavelmente muito macios. Há muito tempo uma mulher não lhe chamava tanto a atenção. Seu olhar era meigo e seus modos extremamente femininos. Infelizmente estava acompanhada por um tipo de altura mediana, com uma calvície já iniciada no alto da testa, com um certo sobrepeso. Não era feio e vestia-se com um terno Armani, apesar de lhe faltar elegância para tal. “Ela merecia coisa melhor”, pensou Gerry, sem conseguir parar de seguir o casal. Só deixou de vê-los quando “esconderam-se” numa das mesas de jantar do restaurante. Ficou pensando se não estava na hora de dar um tempo e dedicar-se a um relacionamento mais sério. O tempo estava passando. Via quase todos seus amigos casando-se, tendo filhos e ele apenas entregue ao trabalho. Sentia falta de ter uma mulher que lhe fizesse carinho quando chegasse em casa, depois de um dia de trabalho. Ou alguém que o acompanhasse em suas viagens. Dormir e acordar acompanhado de alguém que o amasse e que o compreendesse. Que pudesse ouvi-lo, trocar intimidades, abraçá-lo e beijá-lo sem motivos, simplesmente porque o amava. Sabia que muitas mulheres o desejavam, mas como desejavam a um de seus personagens. Talvez se o conhecessem como era de verdade, não o desejassem tanto.
_ Gerry! Gerry! Ei! Andando por onde, amigo? Sonhando acordado? – perguntou Steve, um amigo de longa data, casado, batendo-lhe no ombro.
_ Ahn? Não ...Eu estava distraído.
_ Foi aquela morena que entrou a pouco, não foi?
_ Linda ela, não? – respondeu sorrindo, tentando disfarçar a melancolia que sentia.
_ Falando nisso, a minha linda está lá em casa me esperando. Prometi não chegar muito tarde em casa. Vamos? Ou você vai ficar, esperando que o acompanhante da morena caia fulminado e você a aborde?
_ Não seria uma má idéia – gargalhou, ao pensar na situação proposta por Steve.
Entre risadas, pagaram a conta e saíram. Steve ao encontro de sua mulher e Gerry para o seu solitário apartamento, onde encontraria algum roteiro para ler, antes de pegar no sono. No fim de semana daria um jeito de ir até o “Lohan’s”, a casa noturna onde ele ás vezes ia para dançar e “pegar” alguém para levar para a cama, quando a carência estava insuportável. Tinha vergonha de reconhecer que precisava pagar para este tipo de coisa, mas as garotas de programa eram discretas. Quando bem pagas, é claro.

Finalmente era sexta feira. Ainda não decidira o que fazer para festejar o seu aniversário. Ao chegar ao escritório, achou estranho o silencio reinante. Ninguém havia chegado ainda?
O que estava acontecendo? Dirigiu-se diretamente a sua sala. Ao abrir a porta, quase caiu para trás. Foi recebida com uma chuva de balões, apitos de línguas de sogra e um bolo, onde uma vela que, felizmente não denunciava sua idade, ardia sua pequena chama. Pelo menos Edward resolvera ser discreto neste ponto. Não que 32 anos fosse uma idade avançada. Mas quando se é solteira, estranhamente, os anos a mais parecem pesar mais que os de uma mulher casada.
Logo o canto do “Parabéns” se fez ouvir. Depois de apagar a vela cor de rosa no centro do bolo decorado com “Felicidades, Sylvia” em glacê, foi abraçada primeiramente por Ed. Em seguida, todos os outros colegas a cumprimentaram. Estava realmente sensibilizada com a homenagem que, certamente fora iniciativa de seu amigo. Mas também, surpresa pela participação “em massa” de todos os outros, mesmo aqueles que ela achava que não eram seus simpatizantes.
Depois de passada a euforia, a volta aos trabalhos foi conseqüência inevitável. Já estava distraída digitando alguns laudos, quando Lina e Gloria, que eram duas das mais recentes estagiárias, entraram em sua sala muito sorridentes.
_ Oi, chefe. Podemos falar com você?
_ Claro. Algum problema?
_ Não há problema algum. Só queríamos saber se você já tem programa para hoje. Pensamos em convidá-la para sair.
Sylvia ficou mais surpresa com este convite do que com a festa realizada a pouco. Lina e Gloria nunca tinham demonstrado muita intimidade com ela desde que chegaram ao escritório. Está certo que ela tinha sido a responsável pela entrevista das duas e dera o seu aval para que elas iniciassem seu estágio lá. Mas sua relação não passara disso.
_ Não...Isto é, na verdade não planejei nada para hoje. Pensei em ficar em casa e arrumar minhas coisas. Desde que me mudei, ainda não consegui desencaixotar nem a metade de tudo.
_ Então, que tal fazer uma coisa diferente e sair para agitar um pouco na noite. Conhecemos um lugar ótimo para dançar e conhecer pessoas... – olharam-se, sorrindo maliciosamente uma para a outra.
_ Não sei... – falou indecisa, mas já ficando um pouco animada com a possibilidade de relaxar um pouco. Adorava dançar. Talvez fosse um bom programa para festejar aquele dia.
_ Temos certeza que o Ed não vai se chatear – riram novamente.
Mais uma dupla que acreditava no caso dela com Edward. Quem poderia acreditar que isso fosse uma coisa séria, principalmente depois de saber que o outro a abandonaria na noite de seu aniversário? Mas não falou nada a este respeito.
_ Não, eu tenho certeza que ele não vai, não...Está bem! Eu topo. Não tenho nada a perder, não é mesmo?
_ È isso aí, chefe! Boa decisão.
_ Por favor, não me chamem de chefe. Sinto como se 20 anos fossem acrescidos a minha idade.
_ Tudo bem, Sylvia. Bem, que tal nos encontrarmos lá no “Lohan’s” as 22:30 horas?
_ “Lohan’s”? Onde fica?
_ Vamos lhe dar o endereço. Nos encontramos lá dentro, no bar. Está certo?
_ Está certo. Combinado.
As duas saíram entre risinhos de sua sala. “Será que estão preparando mais alguma surpresa para mim?”, pensou desconfiada.
De qualquer forma, não era nada mal a idéia de dançar e, quem sabe, conhecer alguém interessante.




Amanhã tem mais...Beijos!! E fiquem com mais uma foto do nosso Gerry!
Oops!! Me enganei. Esta é a foto do quarto dele em Nova York...hihihi!
Agora sim...Não fica chateado, Gerry, por eu mostrar o nosso cantinho...rsrsrs

3 comentários:

Rose Silva disse...

Oba! Advogada??? Sou EU, EU, EU! kkkkkkkkkkkkkkkkk

Eu daria toda a assessoria jurídica à Evil Twins e toda a assessoria amorosa ao Gerry nessa cama enorme do apê dele em NY! Uiiii

Ro, essa fic é MARA!!! rsss

Bjuxxx

Ligia Bento disse...

Ui! NY, Gerry, cama... Eu queeeeeeeero!!!

Aguqrdo cenas dos próximos capítulos, kkkkkkkk...

Bjim♥

Lucy disse...

Hummm... todo mundo indo pra casa noturna... eta encontrinho mais danado de bom... (rsrsrs). Ai, meu Cristinho, agora a coisa sai!!!

Menina, vc já reparou o que é 'dançar' pra o Gerry?!! Não sei se aquilo tudo o que ele faz na pista de dança pode ser denominado apenas como 'dançar', mas se for, uma coisa é certa: EU TAMBÉM QUERO DANÇAR COM O GERRY!!!

Olha, amiga, vc se enganou mesmo: mas não só com a postagem da foto, se enganou na descrição que deu à foto - aquele não é o quarto do Gerry - é o quarto meu e do Gerry!!! huahuhauhauhauhau
PS O coração já tá na boca...
Beijinhos