7 de set. de 2008

Mais um capítulo de "A Advogada"...

Na hora do almoço, saiu com Ed e foram a um restaurante próximo. Contou-lhe sobre o convite para a noite. _ Você quer que eu a acompanhe? _ Não, imagina. Acho que vai ser bom fazer um programa diferente. _ Bem já que não vai querer a minha companhia – resmungou, Ed, simulando um beicinho – eu me resigno a ficar em casa rezando para que a sua comemoração seja em grande estilo. Quem sabe não seja a sua chance de desencalhar – caindo na risada. _ Não acho elegante esta palavra desencalhar. Me sinto como um navio enferrujado encalhado no Mar Morto. _ Tem navios encalhados por lá? – achando graça na referencia de Sylvia. _ Não sei...Mas o fato dele estar Morto tem algum significado para mim. Encalhada, morta... _ Pare com isso. Já me arrependi do comentário. Desculpe – reagiu ele, com legítimo arrependimento – Você é uma mulher atraente, com uma cabeça incrível, inteligente. Só ainda não encontrou o cara certo. Além disso, hoje não é dia para depressão. Saia e se divirta. _ Vou tentar... _ Olhe, eu não ia contar agora, mas em vista de sua carinha de tristeza, vou adiantar o assunto. _ O quê? Mais alguma fusão em vista? _ Não, nada de trabalho. É sobre as suas férias, lembra? Depois da próxima segunda feira a senhora estará de férias. Ou já esqueceu do seu pedido? _ Ah, claro! _ Pois é. Em nome do “Michels and Allen‘s Lawyers” você será presenteada com uma semana de férias, a primeira das quatro, em Nova York, numa suíte do Marriot, para renovar seu guarda roupa e poder escolher seu próximo destino, nas três semanas seguintes. Tenho certeza que você ainda não teve tempo de planejar estas quatro semanas. Estou errado? _ Ed, nem sei o que dizer. Nova York? No Marriot? Realmente, eu ainda não tinha pensado para onde ir... _ Então, a primeira semana você já sabe. Considere isto como o meu presente de aniversário. _Ed, posso te dar um beijo? _ À vontade – ela levantou-se da cadeira onde estava e segurando a cabeça dele nas mãos, deu-lhe um beijo estalado no rosto, seguido de um abraço. _ Nossa, assim eu fico encabulado – observando que várias pessoas dentro do restaurante haviam parado de conversar para olhar a cena protagonizada por eles. _ Desde quando você fica com vergonha em público? – falou Sylvia, divertindo-se com o desconcerto do amigo e voltando a sentar em seu lugar. _ E desde quando você perdeu a vergonha. Você já foi mais recatada, moça. _ Hoje é meu aniversário e eu posso tudo, não? _ È isso aí, Sylvia. Você merece muito mais, querida. _ Você é o melhor amigo que alguém poderia ter, sabia? _ Que você pense assim, acho ótimo. O pior é que todas as outras garotas de Los Angeles parecem pensar assim também. _ Tenho certeza que a sua alma gêmea está reservada e logo vocês vão se conhecer. _ A esperança é a última que morre, já dizia minha avó. Terminaram seu almoço já com melhores ânimos e voltaram ao trabalho. Combinaram que na segunda feira teriam a reunião com os clientes da nova produtora e, dali, Sylvia seguiria para suas férias de um mês. A noite chegou. Sylvia foi para casa, excitada com as possibilidades das próximas horas. Conseguira marcar uma hora no cabeleireiro para o horário em que sairia do trabalho. Resolveu deixar o cabelo solto, para variar um pouco. Colocaria seu vestido novo, comprado há mais de um mês, depois da mudança. Este pelo menos não estava encaixotado. Às 21:30 horas já estava pronta. Olhou-se no espelho para ver o resultado e não achou nada mal, para alguém de 32 anos. Parecia mais jovem. Os cabelos castanho-escuros longos, ondulados, soltos, davam um visual sensual. Caprichara na maquiagem, realçando sua boca e olhos. O vestido vermelho ajustado ao corpo, mostrava suas coxas só um palmo acima dos joelhos. Sem mangas, era “clean” e sexy, sem ser vulgar. Como bijuterias, colocara um lindo colar de cristais tranparentes e brincos acompanhando. Depois de colocar o perfume Burberry London, seu preferido, achou que estava pronta para festejar seu aniversário em grande estilo. Pouco antes das 22:30, chegou ao “Lohan’s”. Foi de táxi, pois tinha medo de dirigir sozinha à noite. Não viu as garotas na frente do prédio e resolveu seguir o combinado. Criou coragem e entrou. Seguiu na direção do bar, tentando acostumar-se com as luzes e os neons que inundavam a escuridão do lugar. Ainda não conseguira ver nem sinal das colegas. Sentou no bar, numa das banquetas, e pediu uma taça de vinho branco. “Era ela? A mesma mulher do “O-Bar”, que ele vira há 3 dias atrás?”, Gerry estava surpreso. O que ela estaria fazendo por ali? Não era um lugar muito recomendável para uma garota elegante. Seria ela uma destas garotas de programa requintadas? Não conseguia acreditar nisto. Ela estava mais linda e sensual que nunca com aquele vestido vermelho e os cabelos soltos. Logo pensou que aquela seria uma noite inesquecível. Pensando assim, rumou na direção dela. _ Boa noite – falou, sentando-se ao seu lado, displicentemente. Ao ouvir aquela voz rouca e máscula a lhe cumprimentar, teve como primeiro impulso desencorajar o seu dono de qualquer pretensão a seu respeito. Ao levantar os olhos do balcão e cruzar com o olhar intenso e sensual, de um verde profundo, acabou por esquecer o que tinha pensado no último minuto e perdeu o poder da palavra. Em alguns instantes, hipnotizada por aqueles olhos, imaginou se ele não iria pensar que ela era retardada, tal a demora em responder um simples boa noite. Finalmente, conseguiu destravar a língua e responder: _ Boa noite... – o que fez brotar um lindo sorriso da boca lasciva de seu interlocutor. _ Está sozinha? _ Não...Quer dizer, estou esperando umas amigas, mas acho que elas se perderam por aí. Ou devem estar chegando – corrigiu rapidamente, para que ele não pensasse que ela estava totalmente só. _ Posso acompanhá-la... até suas “amigas” chegarem? _ Como quiser. Você já está sentado mesmo ao meu lado. Que eu saiba o bar é livre. Não posso impedir que você fique aqui. Posso? _ Não quero ser inoportuno. Posso procurar outra pessoa para conversar. _ Desculpe – disse, arrependida do que acabara de falar, pois o homem parecia ser bem interessante. Era, mais uma vez, o seu sistema de defesa contra homens em geral, dando o alarme. Mas este parecia ser diferente. Esperava que fosse. Ele era extremamente charmoso e elegante. Além disso, não era nenhum rapazote. Parecia ter classe e experiência – Não costumo ser abordada em bares. _ Não? Onde você costuma ser abordada? _ Na verdade, não costumo sair muito á noite. “Ela está se fazendo de difícil, mas eu gosto disso”, começou a sentir-se excitado. _ Acho que a vi esta semana no “O-Bar”, se não me engano, acompanhada por um homem. _ No “O-Bar”? Como sabe que era eu? _ Você é inesquecível – disse ele lançando-lhe um olhar que a fez estremecer e sentir os joelhos fraquejarem. _ Realmente eu estive jantando por lá esta semana. Não lembro de você... _ Era seu cliente? _ O quê? Quem? _ O homem que a estava acompanhando. _ Ed? Ah, não...Ele é meu sócio. “Aquele cara não tinha jeito de cafetão. Mas hoje em dia nunca se sabe...”, pensou curioso. _ Você quer dançar um pouco? Sylvia olhou para os lados, tentando ver se Lina ou Gloria apareciam para salvá-la aquela situação, mas nem sinal delas, ainda. _ Ainda nem sei o seu nome. _Meu nome é Gerry – respondeu, pensando que aquela era uma garota de classe. Porque estaria nesta vida? Provavelmente tinha potencial para muito mais que uma “vida fácil”. _ Muito prazer, Gerry. O meu nome é Sylvia. _ Bem, agora que fomos apresentados, que tal aceitar o meu convite para dançar. A não ser que não esteja incluído, no seu programa, dançar – falou sarcasticamente. Sylvia achou estranho o modo como ele falava, mas não deu muita importância. Talvez ele fosse estrangeiro, pois pelo seu sotaque não era americano. Daí, talvez viesse alguma dificuldade em expressar-se. _ Dançar, certamente, está mais que incluído no meu “programa” - respondeu inocentemente. _ Então? Vamos? O que você tem a perder. Se não gostar de minha companhia, existem dezenas de outros que já devem estar de olho em você. Sylvia sentiu seu rosto pegar fogo ao notar o olhar de volúpia de Gerry a despi-la, enquanto estendia-lhe a mão para ajudá-la a descer da banqueta. Foram na direção da pista onde alguns casais já dançavam bastante animadamente. Talvez mais do que o esperado para ser visto numa pista de dança. Esperava que seu Gerry fosse menos afoito do que os outros. Começaram dançando separados, trocando sorrisos e conversando sobre banalidades. _ Você vem sempre aqui? _ Às vezes – mentiu, não querendo parecer uma freira. _ Eu nunca a tinha visto por aqui. _ Então você é assíduo. _ Na verdade, não muito. Venho só quando estou muito carente. _ E você está muito carente hoje? – perguntou, surpreendendo-se com sua própria impropriedade. _ Estou...muito. E você? _ Para dizer a verdade, também – logo teria de por um esparadrapo na boca para parar de se escancarar com um completo estranho. Mas ele era muito sedutor e a fazia sentir-se à vontade com ele. Nunca sentira isso num primeiro encontro com ninguém. “A noite realmente vai ser mais produtiva do que eu imaginava...”. O ritmo da música tornava-se mais envolvente. Foi quando Gerry passou-lhe a mão na cintura e puxou-a para mais junto de si, surpreendendo-a. _ Vamos com calma... _ Só estou seguindo a batida da música – fazendo-a rodopiar e forçando-a a jogar-se para trás, quando tentou aproximar-se mais. Sylvia começou a achar que a taça de vinho que havia tomado estava tendo efeitos sobre sua conduta, pois começava a achar tudo aquilo extremamente divertido e Gerry, um excelente dançarino. Talvez estivesse solta demais. O que ele pensaria sobre ela? Quando a balada romântica começou, ela tentou desvencilhar-se de seus braços, com a desculpa de descansar um pouco. Mas ele, sem permitir, e exigindo mais aquela dança, apertou-a ainda mais contra seu corpo, deixando-a quase sem fôlego. _ Se você me apertar mais, não vou poder respirar. _ Quem está sem ar, sou eu, querida – murmurou Gerry, sedutoramente. Imantada no seu olhar, Sylvia desistiu de lutar contra o abraço forte, e foi sendo levada a abraçá-lo também. Logo, a atração foi aumentando e um beijo era iminente. “Eu preciso desta mulher”. “Eu quero este homem”.



Com este olhar, deixo voces imaginando o que vai acontecer a seguir...Beijinhos!

6 comentários:

Anônimo disse...

Cassinha disse feliz....

Uh uh uh.... Fic da Rô.... adorei pra variar!!!

Adoros suas fic's, sabes disto e como sempre, MARAVILHOSA!!!

Vou ficar aguardando ansiosamente os próximos post!!!

Beijão amiga e adorei sua estreia com sua nova Fic e inpsirada na Lucy!!! Yes!!!

Unknown disse...

hummmm, to adorando essa fic, sabe que vc é minha idola né Ro rsrsrsrs..
nossa mais ta começando a esquentr essa história ou melhor a ferver pq com o gerry tudo ferve principalmente o gelo que a gente coloca pra sentar em cima hahahahah.. nossaaa se esse homem me aparece e dança comigo desse jeito eu demaio aiii ploft. nossa que homem é esse méu deus aposto que é a mesma coisa que a Sylvia ta pensando hehehe..
vou continuar a ruer minhas unhas a espera dos próximos capítulos rsrsrs..
Beijos Ro...

Ligia Bento disse...

Rosane, você quer me matar!?
EU QUERO MAIS!!!!
Eu já estou até imaginando a dança dele... Aff...
ESCREVA MAIS!!!
Bjim♥

Kathya disse...

Uauuuuuu...que fic...estou amando!!! Aguardo o próximo post com ansiedade querida!!!
Eu fico pegando fogo com essas leituras tão inocentes!!! hahahaha
Bjão

Kathya disse...

Uauuuuuu...que fic...estou amando!!! Aguardo o próximo post com ansiedade querida!!!
Eu fico pegando fogo com essas leituras tão inocentes!!! hahahaha
Bjão

Lucy disse...

"Sylvia sentiu seu rosto pegar fogo ao notar o olhar de volúpia de Gerry a despi-la" - amiga, não era só o meu rosto que iria estar pegando fogo com um olhar desses... E o olhar dele é assim mesmo, profundo, penetrante, numa mistura de curiosidade, alegria e sensualidade.
Mas coitadinha da Sylvia - o Gerry pensando que ela faz programa... bom, espero que ao menos ela tire alguma vantagem disso (rsrrsrsrs).
Uau! Esse é o nosso Gerry! Uma dança com ele é sinal de tudo!!! Reforço, aqui, a minha aflita solicitação: EU QUERO DANÇAR COM O GERRY!!!
Ai...ai...
Beijinhos