10 de set. de 2008

Para acalmar as ansiedades...

Eram nove horas quando o toque do interfone soou. Era da portaria para avisar que o senhor Edward estava subindo. Ela ainda estava terminando de se arrumar e colocar os últimos apetrechos na sacola de mão. Sempre ficava na dúvida se não esquecera de nada. Revisava mentalmente todo o conteúdo da mala até a exaustão. Mesmo assim, não era incomum esquecer de alguma coisa.
_ Bom dia! – saudou-a efusivamente o amigo.
_ Bom dia, Ed! Obrigada por vir no meu “bota-fora”.
_ Amigos são para isso, não acha? Já está tudo pronto? Podemos descer as malas?
_ Acho que sim. Só falta passar um batom e colocar meu perfume.
_ Por mim, não precisa de mais nada. Você está linda. Pronta para arrasar corações.
_ Não pretendo arrasar nenhum coração. De arrasado já basta o meu – disse a última frase em tom de voz tão baixo que Ed teve dificuldade em ouvi-la. Apesar disso, resolveu não comentá-la. Apenas passou o seu braço sobre os ombros de Sylvia e disse:
_ Vamos, que o avião não espera e o trânsito a esta hora está terrível.
No caminho, Sylvia manteve-se quieta. Foi Ed que rompeu o silencio torturante.
_ Você não quer saber o que eu conversei com ele?
_ Com quem?
_ Ora, você sabe com quem.
_ Você está louco para me contar, não?
_ Acho que seria bom você saber que ele está querendo desculpar-se e que não conseguiu parar de pensar em você desde aquele dia.
_ Não me interessa.
_ Puxa, Sylvia. Dá uma chance para ele – falou meio que irritado. Nunca pensou que naquela altura da vida estaria tentando bancar o cupido. “Era só o que me faltava”, pensou.
Parecia que o assunto havia sido encerrado ali, se levasse em conta a cara amarrada feita por Sylvia.
Chegaram ao aeroporto ainda com uma hora de antecedência.
_ Ao menos me diga se definiu para onde vai depois de Nova York. Ou vai manter segredo?
_ Talvez eu queira ficar incógnita...
_ Misteriosa, agora, é?
_ Não. De fato não decidi ainda. Vou procurar uma agencia lá em NY mesmo e resolver.
_ Ainda temos um tempo antes do embarque. Vamos tomar um cafezinho? – perguntou Ed, notando que sua amiga tornara-se um pouco fria.
_ Não. Acho que vou esperar o embarque lá dentro. Você tem que voltar ao seu trabalho. Não precisa mais se preocupar comigo.
_ O que houve? De repente parece que virei seu inimigo?
_ È que estou achando você muito amiguinho do senhor Butler. Além do esperado.
_ Ah, é isso, então? Estou apenas tentando ajudá-la a sentir-se melhor. Só isso! Se não percebe desta maneira, vou embora mesmo. Boa viagem para a senhora – Deu-lhe as costas e seguiu pisando duro em direção a saída.
_ Ed! – chamou-o, já arrependida do que dissera. Só faltava perder o melhor amigo por conta de sua burrice. Mas ele não ouviu, pois no mesmo instante os microfones do aeroporto anunciavam o próximo embarque para Seatlle. Ligaria para ele quando já estivesse instalada no Marriott.

O hotel ficava em pleno Times Square. Não podia haver lugar melhor e mais cheio de vida. Muitos teatros, casas de show, lojas das grandes marcas e grande movimento de pessoas de todas as partes do mundo. Era exatamente do que precisava. Já era meio tarde quando chegou. Como estava muito cansada, resolveu tomar um banho, ligar para Edward, saber se ainda eram amigos e dormir.
Acabou por não cumprir todo o seu plano de ação. Isto porque depois do banho, ao recostar-se na cama para ver um pouco de televisão, terminou por pegar no sono.

Passaram-se dois dias sem que se animasse a ligar para seu amigo. Já fizera muitas compras, já assistira a uma ótima peça de teatro e, agora preparava-se para jantar num pequeno bistrô próximo ao hotel. Sozinha, é claro. Foi quando o seu celular tocou. Era Ed.
_ E aí, desaparecida? Liguei para saber notícias, já que parece estar muito bem por aí, pois nem lembra dos amigos.
_ Oi, Ed! É que eu estava meio insegura para lhe ligar. Preciso lhe pedir desculpas pelo meu comportamento lá no aeroporto. Você me perdoa?
_ Já nem lembro mais. O que foi que aconteceu mesmo?
_ Que bom, Ed. Nem sabe o peso que você está me tirando da consciência. Além disso, precisava agradecer pelo seu presente. Estou adorando o hotel, a localização, a cidade...tudo.
_ Fico muito contente por você, querida. Ainda tenho mais uma surpresa para você. Não sei se você vai gostar.
_ O que é?
_ É que surgiu um probleminha com um de nossos clientes aí em Nova York, e eu terei de ir até aí, em dois dias. Nada grave. Pensei que podíamos nos encontrar. Não consegui reserva no seu hotel, por isso acabei ficando num executivo. Quando eu chegar, te ligo novamente para combinarmos de nos ver. Está bem?
_ Que bom, Ed. Vai ser ótimo te ver!
Conversaram mais algumas banalidades, sem nem tocar no assunto “proibido”.
_ Não, Ed. Por incrível que pareça ainda não consegui definir para onde vou na próxima semana. Vou acabar comprando passagem para algum local, tipo Brasil ou Itália e improvisar. Ficar numa praia sem fazer nada pode ser um ótimo programa.
_ Quem sabe...quem sabe. Talvez eu possa te ajudar a escolher.
_ Seria ótimo.
Ao final de mais algumas frases, despediram-se.


Até que uma praia deserta com o Gerry não seria mal, não é?...Olha só ele molhadinho, que delícia...



Beijinhos!!

4 comentários:

Unknown disse...

Ro quer me matar de curiosidade é?
já estou sem unhas nos dedos, posta mais, não nos torture, apesar, de já ter torturado com essa foto no final do post né, Gerry molhadinho uiiii ploft, kkkkk se sylvia não querer eu quero, euuuu querooooooo
rsrsrs..
BeijoOos..

Rose Silva disse...

Hummmm... Essa foto do Gerry molhadinho me deixa louca!

poft!

Lucy disse...

Meu coração tá apertadinho, amiga...
Férias assim ninguém merece! Não dá pra aproveitar quando a cabeça da gente tá fervendo.
E, no caso da Sylvia, todo o corpo tá fervendo!
Mas se nós, daqui de tão longe, já ficamos fora de si, com os hormônios em frangalhos, imagina depois de ter tido a sorte grande de receber os carinhos do nosso homão!!!
Nossa... não dá nem pra imaginar... aliás, imaginar e sonhar a gente até faz, mas o melhor mesmo seria vivenciar...
Beijinhos

Lucy disse...

A propósito: Gerry molhadinho?!
Hummm... faz mal não, amiga. Pode mandar ele aqui pra casa que eu o seco - com a minha língua!!! huahuahuahuhau... Delícia!!!
Beijinhos