1 de mar. de 2009

Encontro Noturno

Capítulo 5

O telefone tocou insistente e irritante sobre o criado mudo ao lado da cama.
_ Alô? – perguntou com voz de recém acordada.
_ Ainda dormindo, preguiçosa? O que aconteceu? Você não costuma ficar deitada até tão tarde.
_ Alô? Paulo? Que horas são?
_ Já são 13 horas!
_ Já? Que horror!
_ O que houve? Muita festa ontem à noite? – indagou com ironia, sabendo que Sophia não costumava sair à noite, principalmente quando não estava acompanhada.
_ Eu perdi o sono e acabei dormindo muito tarde. Acho que foi isso... – falou ela, tentando recompor-se na cama e ficar mais alerta – Que bom que você me acordou. Tenho um monte de coisas para fazer.
_ Liguei para avisar que consegui um vôo às 17 horas. Devo chegar aí em torno das 21. Tenho uma reunião no final da manhã de segunda. Assim não vai ficar tão cansativo.
Houve alguns segundos de silêncio do outro lado da linha. Sophia ficara pensando porque o motivo dele voltar mais cedo não era o de estar com saudades suas.
_ Alô? Sophia? Você está aí? – perguntou, estranhando a falta de resposta da noiva.
_ Sim...estou aqui. Que bom, Paulo. Quer que o espere para jantar?
_ Não, querida. Eu como alguma coisa no caminho – disse, pensando na sua falta de habilidades culinárias – Não quero lhe dar trabalho.
_ Então está bem. Te espero em casa.
_ Até mais, Sophia.
_ Até mais, Paulo...
Ao desligar o telefone, ela ficou pensando o que teria acontecido com a relação deles. Estavam morando juntos há apenas seis meses e o relacionamento apresentava sinais de desgaste como se já estivessem casados há mais de 10 anos. Talvez estivesse exagerando, mas sentia-se um pouco magoada com a falta de expressão de afeto com que Paulo se apresentava ao telefone e preocupada com a sua própria falta de necessidade de tê-lo perto de si...
Antes que resolvesse discutir a relação com Paulo naquela noite, levantou-se e foi ao banheiro para lavar-se.
Não tinha fome. Tomou um copo de leite e, quando preparava-se para sentar diante de seu PC para trabalhar um pouco, o telefone soou novamente. Seria Stefan?
_ Alô? – atendeu meio insegura.
_ Alô, sua sumida! Então é assim...O maridão viaja e nem para convidar a pobre amiga solteirona para dar uma saída – Carol estava indignada, mas mantendo o bom humor habitual – Ou você arranjou coisa melhor para fazer?
_ Oi, Carol...Eu não lhe falei que tinha uma reunião com o senhor Paole?
_ Stefan Paole, o pintor bonitão? Não, você não falou nada.
_ Desculpe. Eu tinha quase certeza que havia lhe falado sobre ela.
_ Não, a senhora não falou nada – Carol estava visivelmente chateada com Sophia, mas resolveu não discutir – E, como foi esta reunião?
_ Correu tudo bem. Consegui expor as minhas idéias e fechamos o contrato. Amanhã ele assinará. Prometi mandar os papéis para a galeria... Carol, você não está irritada comigo, está? Realmente eu achei que havia contado para você sobre a reunião.
_ Tudo bem, não estou aborrecida, não. Mas podíamos ter saído a noite juntas, não podíamos?
_ A reunião foi ontem à noite.
_ Sophia, estou indo para aí, agora. Não ouse sair de casa. Voce vai me contar esta história direitinho.
_ Que história... – antes que Sophia terminasse a frase, Carol já havia desligado o telefone e estava a caminho de seu apartamento.
Em questão de 30 minutos, Carol desembarcava diante da porta de Sophia,escandalosamente excitada para saber sobre o encontro com Stefan.
_ Qual o motivo para tanto desespero, Carol? Eu apenas disse que havia me reunido com nosso cliente no sábado à noite.
_ Ah, tá bom! Me engana que eu gosto. Nestes últimos três anos como sócias eu nunca a vi marcar compromisso com clientes fora de horário comercial. Sei que você é xiita na questão de trabalho e que costuma ralar nos fins de semana. Mas encontros de negócios, jamais.
_ Não entendi porque você está tão surpresa com isto. O senhor Paole é um homem muito exigente e, digamos, insuportavelmente mandão. Ele não me perguntou se eu poderia ou não fazer esta reunião neste dia. Ele apenas decidiu e ponto final. Como você mesma disse outro dia, o cliente sempre tem razão.Principalmente quando pagam o dobro do que deveriam. Por isso, não quis ir contra o seu pedido. Além do mais, como Paulo não estava aí, achei que não havia motivo para negar.
_ Sei, sei... – Carol ainda não estava convencida de que o motivo havia sido apenas este – Bem, ao menos conseguiu informar-se sobre a situação civil deste “senhor”?
_ Infelizmente não, Carol. Até tentei saber um pouco sobre a vida dele – respondeu honestamente – Mas ele é meio arredio neste assunto.
_ Hum, adoro homens misteriosos.
_ Cheguei a citar o seu nome durante a nossa conversa.
_ Sério, amiga? – Carol arregalou os grandes olhos castanho claros – Como foi isso?
_ Falei que achava que vocês se dariam muito bem por pensarem igual sobre determinados assuntos.
_ Que assuntos?
_ Ah...Não lembro mais o que ele disse e que me fez lembrar de você – respondeu, mentindo.
_ Foi só mesmo negócios, então. Ele não te deu nenhuma cantada?
_ Que é isso, Carol...Claro que não. Tenho a impressão que ele tem poucos amigos e estava precisando conversar. Só isso – Sophia decidiu manter silêncio a respeito do teor do restante da conversa entre ela e o romeno. Tampouco cogitou de contar o seu sonho daquele final de noite. Pela primeira vez, em muitos anos, guardava um segredo da amiga. Isto a fez sentir-se incomodada.
_ Você já almoçou? – perguntou animadamente.
_ Não, ainda não...Mas não estou com muita fome – respondeu Sophia.
_ È só uma desculpa para sair. Vamos aproveitar que você também está solteira hoje e sair para fofocar um pouco.Vamos? – suplicou Caroline, piscando os olhos como se fosse uma menininha de seis anos de idade. Sophia não entendia como a amiga podia ser tão madura profissionalmente, mas às vezes ter um comportamento tão infantil, como naquele momento. Mas este era um dos motivos pelos quais ela gostava tanto de Carol. Com ela podia falar certas coisas e rir à vontade sem medo de sentir-se ridícula. Às vezes pensava se não era melhor ser assim do que uma sisuda estressada.
_ A minha resposta deveria ser não, mas você sabe que eu não resisto quando você me pede deste jeito moleque. Só não quero voltar muito tarde, pois o Paulo volta hoje à noite.
_ Ué? Ele não ia voltar só amanhã?
_ Pois é...Ele acabou de me ligar e avisou que conseguiu um vôo mais cedo.
_ Que bom... Ele deve estar com saudades...
_ È...acho que sim... – não queria dar o braço a torcer para a melhor amiga, que vivia criticando a frieza do relacionamento dos dois – Bom, vou me arrumar. Tenho certeza que você já armou todo um esquema de programação para fazermos esta tarde.
_ Claro!
Enquanto Sophia trocava de roupa, Carol descrevia o que tinha em mente para fazer daquela uma tarde animada. Seria muito bom saírem juntas numa tarde de ócio. Desde que Paulo e Sophia tinham resolvido morar juntos, estes momentos entre as amigas tornaram-se raros.

Já passava das 19 horas quando Sophia voltou para casa. Tinha se divertido muito com Carol, indo ao cinema, parando para tomar um sorvete numa antiga sorveteria nos Jardins, jogando conversa fora e rindo muito. Como nos velhos tempos. Quase esquecera os últimos conflitos que andavam rondando seu coração. Carol chegou a tentar sondar um pouco mais a respeito de Stefan, mas logo viu que não conseguiria nada e desistiu de tocar no assunto, para alívio de Sophia.
Ao entrar no apartamento logo deparou-se com um lindo buque de rosas vermelhas sobre o aparador do hall de entrada.
_ Paulo? – chamou por ele, imaginando como ele conseguira chegar tão cedo e se a separação destes dias havia resultado num certo romantismo – Paulo?
O sorriso foi desvanecendo-se ao perceber que não havia ninguém mais por ali, além dela mesma. Só então resolveu procurar por algum cartão no meio do ramalhete, intrigada em saber como as rosas tinham ido parar lá. Achou-o.
“ Pela adorável companhia de ontem a noite...
Stefan”

Não pode evitar um sorriso ao ver o nome do responsável pelas flores. Elas exalavam um perfume delicioso. Guardou o cartão para que Paulo não o visse ao chegar, mas não teve coragem de colocar o presente fora. O que não conseguia entender era como ele entrara em sua casa. Talvez o zelador tivesse uma cópia de sua chave e a usou para deixar a encomenda. Depois falaria com ele, para que isso não se repetisse mais.
Tomou um banho e ligou seu notebook para tentar trabalhar um pouco, enquanto Paulo não chegava. Ficou pensando se não deveria ligar para seu cliente para agradecer as rosas. Decidiu que não. Talvez fosse melhor ele pensar que aquilo não era importante para ela. O sonho daquela noite insistia em voltar a sua mente a todo instante.
O telefone tocou. Sem entender porque, pegou o fone, apreensiva.
_ Recebeu meus agradecimentos? – soou a voz rouca.
_ Quem é? – tentou disfarçar.
_ Não reconhece mais minha voz? Achei que eu era inesquecível – ela podia imaginar um sorriso ladino estampado nos lábios de Stefan.
_ O senhor é muito presunçoso.
_ “O senhor”? Achei que já havíamos pulado esta etapa.
_ Desculpe. Claro que eu o reconheci. Pensei em ligar para agradecer-lhe as rosas, mas...
_ Não precisa se explicar, Sophia. Eu não esperava que você me ligasse para agradecer nada. Eu estou ligando para ouvir o som da sua voz. Só isso. Até amanhã... – e desligou.
_ Mas... – Não teve tempo de dizer-lhe que ela não o encontraria amanhã. Ele sabia disso...O que ele quis dizer com aquilo? Não tinham combinado nada.
Pensou em ligar de volta. Se ele ao menos tivesse algum email para deixar-lhe mensagens, ficaria melhor. Não precisaria ouvir aquela voz...Não se sentiria tão “invadida”. Mas ele insistia neste contato direto. O que ele estava querendo com ela? Até em seus sonhos ele a procurava. Entretanto, não podia deixar de negar que estava gostando daquele cerco.
“Acho que estou ficando louca e vendo coisas onde nada há”, pensava quase em voz alta, quando ouviu um barulho de chaves na porta da frente.
_ Paulo? - Não tinha mais certeza se a volta do noivo era agradável ou não.
_ Oi, querida! Tudo bem? – exclamou alegre, dirigindo-se até ela e dando-lhe uma beijoca de leve em sua boca. Prosseguiu até o quarto para deixar a maleta de viagem. Voltou para a sala, onde Sophia permanecia parada no mesmo lugar, pensando se este encontro não merecia um beijo mais carinhoso ou um abraço mais caloroso.
_ O que houve? – perguntou ele, olhando-a parada ali, com um olhar perdido no vazio – Aconteceu alguma coisa?
_ Não, não aconteceu nada de mais. Você jantou? - Ela tentava parecer o mais natural possível, apesar de estar imaginando como tinha sido o reencontro deles por ocasião de outras viagens a negócios de Paulo. Será que sempre tinha sido assim? E se foi, como ela nunca ficara chateada com isso? Porque só agora a incomodava a falta de carinho?
_ Já jantei, sim. Eu havia dito ontem que jantaria no caminho, não? Acabei comendo um sanduíche, lá no aeroporto mesmo – falou, olhando-a de alto a baixo – Sophia, você está bem? Estou lhe achando muito estranha. Você já jantou? Está chateada porque não vim jantar com você?
_ Não, querido – disse, sentindo-se a pessoa mais falsa do mundo já que, pelo menos naquele momento, o adjetivo citado não era exatamente o que ela achava mais apropriado para ser dito. Sentia-se um autômato – Não estou chateada, apenas um pouco cansada.
_ E estas flores? Algum admirador secreto?
_ Não. Eu as vi numa floricultura e resolvi comprar, para alegrar a decoração. Gostou?
_ Gostei. Bem, eu vou tomar um banho, ver o meu e-mail e dormir. Quero acordar cedo para preparar-me para aquela reunião no final da manhã – falando isso, aproximou-se dela, acariciou de leve seu ombro e voltou-se na direção de sua suíte.
Sophia ficou olhando para seu parceiro de tantos meses e, sem querer começou a compará-lo com Stefan. Perguntava-se o que a tinha atraído em Paulo. Ele era um homem atraente, sem dúvidas. As mulheres viviam lançando olhares sobre ele. Estranhamente ela nunca tivera ciúmes disso. Pensava que era uma mulher segura de si, por isso esta ausência de medo em perder seu homem. Ele também tinha várias outras qualidades. Era inteligente, trabalhador, educado...Enfim, o príncipe encantado de qualquer moçoila sonhadora. Talvez, por isso mesmo, um chato. Ele nunca a surpreendia, nunca fizera uma declaração mais calorosa de amor, nunca lhe mandara flores... Mas nada disso fora importante para ela. Porque só agora tudo que Carol lhe dizia sobre a falta de emoção em seu relacionamento tornava-se tão visível? Stefan. Era a única resposta que lhe ocorria. Como este estrangeiro conseguia o efeito de virar o seu mundo de cabeça para baixo? De tornar inverdades todas as suas verdades? O que estava acontecendo?
_ Posso usar o seu laptop? Ele já está ligado e, pelo que estou vendo, você não o está usando.
A pergunta inesperada de Paulo tirou-a abruptamente de seus pensamentos. Ele já havia saído do banho. Com os cabelos molhados, vestindo seu pijama de calça curta e segurando sua escova de dente, escorava-se no umbral da porta da sala.
_ Fique à vontade – respondeu.
Ele voltou ao banheiro para terminar sua higiene e logo em seguida retornou à sala, onde se sentou no pequeno espaço reservado à web existente ali.
_ Como foi lá em Salvador? E o tal fazendeiro? Deu tudo certo? – ela tentava mostrar interesse no trabalho dele.
_ Você me conhece, não? Não poderia ter sido melhor. Mais dois clientes importantes. Como sempre digo, dinheiro chama dinheiro – ele parecia realmente satisfeito com sua atuação – E por aqui? Como vai lá na agência? Clientes novos? Alguém importante?
Ela notou uma certa ironia na sua pergunta. Às vezes ela sentia um certo desprezo dele em relação aos seus contratantes. Hoje isto parecia mais evidente, mas pensou que não valia discutir este tipo de coisa, naquele momento.
_ Tudo ótimo. Estamos com um novo cliente.
_ Que bom – exclamou, sem tirar os olhos da tela do notebook – Alguém conhecido?
_ Eu diria que ele é mais conhecido no meio artístico.
_ Ah! Algum ator querendo aparecer mais na mídia?
_ Não exatamente este meio artístico. Ele é um pintor romeno que quer divulgar seu trabalho e sua galeria de arte.
_ Interessante... – disse automaticamente, absorto que estava em meio a sua correspondência eletrônica.
_ Bem, acho que vou dormir cedo também – falou Sophia, levantando-se do sofá onde se deixara ficar mergulhada, analisando sua atual situação amorosa.
Quando passou perto de Paulo, sentiu a mão dele em seu braço e ouviu:
_ Estou com saudade. Me espere acordada. Logo já termino isto aqui – falou, com um olhar adocicado, em tom mais baixo, a frase código que significava que ele a queria sexualmente naquela noite.
Ela apenas sorriu de volta e encaminhou-se para o quarto.
Já estava deitando-se, quando o telefone chamou mais uma vez.
_ Sophia!
_ Oi, Carol! O que houve?
_ Não podia deixar de te ligar para contar o que me aconteceu, menina.
_ O que foi? Conte! Coisa boa, eu espero.
_ Maravilhosa. Conheci o homem da minha vida.
_ Como assim? Você acabou de passar a tarde comigo. Como conseguiu conhecer “o homem da sua vida” em tão pouco tempo e exatamente aonde?
_ Lembra que você não quis que eu te desse uma carona até em casa? Pois é. Fui buscar o carro no estacionamento perto da sorveteria e foi aí que eu o conheci.
_ No estacionamento?
_ Eu fui dar a ré para sair e quase o atropelei. Ele estava indo buscar o seu Porsche e passou exatamente atrás de mim no momento da ré. Eu não o tinha visto e quase morri de susto. Desci do carro pensando que teria que levá-lo direto para o hospital, mas ele estava ali, parado, sorrindo. Ai...e que sorriso, Sophia. Pedi mil desculpas. Ele disse que eu não precisava me preocupar, pois nada de mal havia acontecido. O pior é que eu jurava ter sentido um tremendo baque. Mas ele estava ali, sem uma marca de traumatismo. Um milagre! Ainda bem. Como ele notou o meu nervosismo, convidou-me para beber alguma coisa. Fomos até o barzinho diante do estacionamento e ficamos conversando por mais de uma hora. Foi demais. Combinamos de nos ver esta semana.
_ Mas, Carol, você não acha muito precoce este entusiasmo todo? Você mal o conhece.
_ Amor à primeira vista, Sophia! Já ouviu falar disto? E tenho certeza que ele também sentiu o mesmo que eu.
_ Vá com calma, garota. Quem é ele, o que faz...?
_ Está bem. A “ficha criminal” é a seguinte: Ele se chama Dimitri, é grego, de Santorini, tem família aqui em São Paulo, a quem veio visitar. Parece que tem uma empresa de importação e exportação em sua terra e, apesar de ter dinheiro de família, diz que gosta muito de seu trabalho. Ele é lindo e muito simpático - Carol estava nas nuvens, sem dúvida alguma.
_ Que bom, Carol. Fico realmente feliz por você. Mas vai com calma, amiga. Você mal o conhece. De qualquer forma, estarei torcendo para que tudo dê certo, querida. Você sabe que só lhe desejo o melhor e toda a felicidade do mundo. Mantenha-me informada, viu?
_ Pode deixar. Você vai me dar razão quando conhecê-lo.
_ Tenho certeza disso, Carol – disse, tentando não demonstrar a sua falta de convicção na afirmação.
_ E o Paulo já chegou?
_ Sim, está aqui – ele acabara de aparecer no quarto – Está mandando um beijo prá você.
_ Duvido que ele tenha feito isso. Eu sei que ele não vai com a minha cara. De qualquer jeito diz a ele que mando um abraço.
_ Pode deixar que eu mando. Bons sonhos, Carol.
_ Com certeza vou ter, Sophia. Beijo!
_ Boa noite. Outro!
_ O que aconteceu com a sua amiguinha? – perguntou Paulo, em tom sarcástico.
_ Pelo jeito ela conheceu alguém interessante. Queria me contar.
_ Pobre do sujeito...
_ Não sei porque este seu comentário. A Carol é uma ótima pessoa, bonita, simpática e de bom coração. E além de tudo, talentosa.
_ Está bem, Sophia. Não precisa ficar tão furiosa comigo. Não quis ofender ninguém.
_ Não sei por que você tem esta antipatia em relação a ela.
_ Não é antipatia...Acho que é ciúme de você.
_ Não acredito nisso. Você nunca demonstrou ciúmes de mim nem com outros homens. Porque teria ciúmes dela?
_ Ah, deixa isso prá lá. Vamos aproveitar que ainda é cedo e... – foi aproximando-se de Sophia, deitando-se ao seu lado e envolvendo-a com os braços.
_ Olha, Paulo. Não estou muito a fim de nada hoje.
_ Por causa deste meu comentário sobre a Caroline? Por favor... Passamos dias sem nos ver e você não quer nada comigo?
_ Eu lhe disse que estava meio cansada. Dormi muito mal a noite passada – enquanto dizia isto, ia se ajeitando sob os lençóis e virando de costas para ele, tentando livrar-se do seu abraço.
_ Vocês, mulheres, sempre com alguma desculpa...Por acaso está acontecendo alguma coisa que eu não sei? – perguntou desconfiado.
_ Não, nada. É só uma indisposição. Vai ser bom dormir mais cedo. Amanhã vou estar novinha em folha.
_ Espero... – terminou de falar e virou-se para o outro lado da cama, enquanto Sophia pensava em como tinha sido estranhamente fácil dispensá-lo. Normalmente ele insistiria um pouco mais.
Volto amanhã para o próximo capítulo. Beijos!!

5 comentários:

Ligia Bento disse...

Êita, essa estôria já está dando nó! Tô roendo as unhas de curiosidade!!!
Tô adorando Rô!
Bjim♥

Lucy disse...

Vixe, só o mala do Paulo pra acordar a coitada... devia deixá-la dormir para que ela estivesse bem descansada para o próximo "encontro"... hot...

Nossa, mas como a Carol é curiosa... pra se atualizar das fofocas românticas ela chega rapidinho na casa da Sophia...

Rosas vermelhas... fogo... paixão... e ainda fica provocando dando uma de mandão... sei... esse Stefan é bem safadinho...hehehe...

Olha, o Paulo até pode ser um bom partido, tem o estereótipo do príncipe encantado, mas um relacionamento sem demonstrações públicas de afeto e sem gentilezas românticas não dá, amiga... pra mim, de princípe vira sapo... pontinho para o Stefan...

Puxa, o Paulo chega de viagem, ficou afastado dela, e só dá uma bitoquinha quando entra? Como assim?!! E é muito egoísta, nem pra conversar direito, sarcástico, muito pretensioso... não há beleza que compense aguentar um homem assim, credo... mais pontinhos para o Stefan...

Pior é que às vezes, por comodismo, a gente se deixar levar por uma situação dessas. Ainda bem que surgiu o Stefan para despertá-la desse marasmo...

Continue, Rô, estou aflitíssima pelo desenrolar desse conto emocionante!!!
Beijinhos

Unknown disse...

Ro eu ja to sem unha pra roer kkkkk
que aflição hahahaha... mais esse paulo é bem se graça né, to desconfiada que esse cara que a amiga de sophia conheceu´é o stefan mesmo hahaha, nossa to tão fixada nesta história que ja to até snhando acordada...

aguardando os próximos capitulos desta fic emocionante kkk..
bjim Ro!!!

Unknown disse...

Ro eu ja to sem unha pra roer kkkkk
que aflição hahahaha... mais esse paulo é bem se graça né, to desconfiada que esse cara que a amiga de sophia conheceu´é o stefan mesmo hahaha, nossa to tão fixada nesta história que ja to até snhando acordada...

aguardando os próximos capitulos desta fic emocionante kkk..
bjim Ro!!!

Pati disse...

Eita que o Paulo não consegue acender a sophia nem com alcool e fogo...Tadinho.....Precisa fazer um estágio com o Estefan!