4 de out. de 2008

ERIK - XXIII Capítulo




No dia 31 de Outubro de 1872, embarcávamos no navio a vapor “Douro”, da Royal Mail, com escalas em Lisboa, Madeira, São Vicente, Pernambuco e Bahia, e finalmente no Rio de Janeiro. Era um navio imponente, equipado com uma única hélice e com chaminé inclinada. Seu casco era de ferro, com dois mastros com velas auxiliares. Ele fazia esta rota desde Dezembro de 1864, sendo muito seguro.
Paul acompanhou-nos até Southamptom para o embarque. Infelizmente ele não estaria presente em nossa cerimônia de casamento. Catherine e eu havíamos resolvido pedir ao Capitão Kemp, comandante do “Douro” que realizasse nossa união a bordo do navio, durante a viagem.
Em meio a acenos, lágrimas e o som ensurdecedor do apito do grande vapor, partimos rumo ao Rio de Janeiro, com a esperança de que em breve pudéssemos enviar boas notícias para Londres.
Olhei mais uma vez para a minha amada Cathy, como o faria ainda por milhares de vezes, com a brisa marítima a bater em meu rosto, pensando que agora finalmente o medo desaparecera e o novo Erik assumia uma nova existência. O Fantasma finalmente era sepultado. Não nos porões da Òpera, mas em pleno alto mar. “Que descanse em paz”.





CARTAS
Carta de Mme Giry para Erik:
“Meu caro Erik,
Consegui o seu endereço com o gerente do Banco da Inglaterra, através do qual tenho recebido a sua generosa mesada há 6 meses. Gostaria que soubesse que relutei em aceitar estes francos, pois não temos dívidas entre nós. Logo estarei estornando os próximos depósitos para sua conta. De qualquer forma, quero prestar contas do que fizemos com o dinheiro utilizado. Com ele, Meg pôde alugar um local melhor e amplo para a sua escola de dança, que por sinal tem cada vez mais alunas. Quanto a mim, continuo meu trabalho no “Folies Bergére”, que está fazendo muito sucesso entre os cavalheiros da alta sociedade, o que se refletiu em minha remuneração. Sendo assim, agradeço-lhe de coração sua preocupação com nossas finanças, mas garanto que sua ajuda não será mais necessária.
Espero que me perdoe por invadir sua privacidade, mas precisava avisar-lhe sobre um acontecimento que poderá por em risco a sua segurança. O fato é que Raoul fará uma viagem a Londres no próximo dia 3 de Novembro, para tratar de negócios de família. Irá sozinho, já que Christine encontra-se a cuidar de seu filho de 3 meses, Gustav.
Receio que ele o reencontre acidentalmente. A polícia francesa suspendeu todas as buscas, depois da notícia da morte do “Fantasma”, mas persisto temerosa de que alguém o reconheça, desconfie do embuste e o denuncie, reabrindo, assim, o processo judicial.
A par de tudo isto, quero que saiba que desejo imensamente que você tenha encontrado a paz interior que tanto almejava.
De sua amiga,
Annie Giry”


Carta de Erik para Mme. Giry, enviada 6 meses após sua ida para o Brasil:
“ Minha cara Annie,
Venho por meio desta tranqüilizá-la sobre minha atual situação. Sinto não ter escrito antes para agradecer-lhe sobre seu aviso a respeito da visita de Raoul. A partir de sua carta, fui obrigado a tomar decisões desesperadas, que acabaram por determinar uma venturosa mudança em minha vida. Como pode ver pelo selo desta missiva, estou residindo na capital do Brasil, Rio de Janeiro. Vim para cá com minha esposa, minha amada Catherine, irmã de Paul Marback, para iniciar uma vida nova. Estou dando continuidade à sociedade que comecei com Paul em Dover, no ramo da ourivesaria, expandindo nosso negócio, que a cada dia torna-se mais rentável e próspero. Aqui, estamos construindo um verdadeiro lar, que em breve terá mais um membro. Catherine e eu aguardamos o nascimento de nosso primogênito, com muita alegria. Este jovem país tem se mostrado um lugar surpreendente em todos os sentidos.
Espero que você e Meg encontrem-se bem e que saibam que tem em mim um amigo leal, sempre pronto a ajudá-las no que precisarem.
De seu amigo,
Erik”




FIM



Espero que tenham gostado desta minha continuação para esta estória linda que é a do Fantasma da Òpera. Por favor, comentem, positiva ou negativamente. A opinião de voces é muito importante para mim. Um grande beijo para todas(os)!

4 comentários:

Anônimo disse...

Rosane eu já tinha lido essa fic no orkut e aproveitei pra ler novamente agora e é simplesmente maravilhosaa!!Vc escre divinamente bem, arrisco até mesmo dizer que vc faria uma belissima carreira de escritora!!é sempre um prazer desfrutar de suas belas fics e sonhar cada vez mais com o nosso gerry!!
Espero anciosamente por fics novas!!!
bjsss

Kathya disse...

Rosane amiga queridíssima, essa sua versão está simplesmente SENSACIONAL!!!
Que prazer descobrir que tenho uma amiga escritora talentosa!
Amei o desfecho da história...amei ver o Érik tão feliz...amei a catherine, uma mulher merecedora do amor do querido phantom!!!
Li quas todos os capítulos de uma vez só...já tinha lido até o cap.4 e hj continuei a partir daí até o final.
Fantástico! Só posso te agradecer por te dado uma continuação tão linda pra história do nosso amadíssimo Érik!
Bjão querida!

Lucy disse...

Despedidas são tão tristes... E o irmão da Cathy, ali, vendo sua irmã partir para terras tão distantes... Mas deve ter sentido um misto de tristeza pela partida e alegria por saber que uma nova e emocionante vida estaria para se iniciar a sua irmã, uma vida de amor ao lado do homem que ela escolheu para passar a eternidade.

E, em um local tão distante de todo o alvoroço causado no passado, o Erik se sentiria mais livre para vivenciar seus planos em plenitude e ser feliz ao lado da mulher amada... (peninha que não sou eu... snif...snif...)

E o Erik se deu mesmo bem: pode comprovar que tem, verdadeiramente, dois amigos - Annie e Paul - pois estes souberam lhe dar apoio em momentos que muitos fugiriam para longe. E, para premiar sua felicidade, encontrou o amor nos braços de Cathy, que se mostrou uma mulher forte, determinada e com um imenso carinho por ele...

Ai, Rô, que história mais linda essa que vc nos narrou! E todas as fotinhos que adicionou se encaixaram perfeitamente no contexto da história.

Não há quem possa lê-la sem ficar encantada com o seu jeitinho tão peculiar de escrever. Nós, então, que já somos perdidamente apaixonadas pelo Erik, ficamos em estado de pura graça e contemplação!

Não sei as outras meninas, mas eu estou ao lado do meu tão conhecido lencinho, pq essa história me emocionou muito.

Quando a gente acaba de assistir ao Fantasma da Ópera fica com o coração tão apertadinho pela tristeza, agonia e solidão do Erik, que as lágrimas, indubitavelmente, escorrem pelo nosso rosto. E ficamos com uma sensação de quero mais, de esperar que a Christine volte atrás e corra para se encontrar com o Erik, mas aí encerra-se o filme e vemos que isso não acontece.

Então, aparece vc com essa sua fic deslumbrante para maravilhar a todas nós - é mesmo um presente aos nossos corações, que voltam a bater descompassadamente, mas agora, com alegria...

Eu sei que estou me repetindo, mas acho que nunca é demais: eu ADORO o seu jeito de escrever, admiro demais a sua criatividade e a generosidade em repartir essas histórias magníficas conosco!

Não pare nunca de escrever, vc tem um talento nato sem igual. Ler o que vc escreve é muito fácil, prazeroso e emocionante sempre! Espero que logo logo o mundo possa conhecer e reconhecer o seu talento, porque acho você uma escritora divina!

PS Sabe como eu sou um tantinho exagerada... fui comentando a cada capítulo...

Mil e um beijinhos, recheadinho de carinhos...

Ivete Pharaoh disse...

Rosane estou maravilhada com esta sua história, chorei e dei risada ao mesmo tempo, Fantasma da Opera é o meu filme predileo olhe já asisitir todos os filmes de gerry que vieram p o Brasil e tenho os DVDS bjs vevete.