17 de abr. de 2009

Amor em Cena - 6ª parte

Finalmente, saíram para jantar. Ele a levou a um restaurante oriental, muito simpático.

Lá, ficou sabendo que ele era um dos donos. Desde que fora para Nova York, lembrou, não tinha mais procurado por notícias dele na Internet. Estava um pouco desatualizada sobre sua vida pública.
Durante o jantar ele falou sobre sua conversa com Alan.
_ Ele queria combinar um encontro com o agente de uma atriz com quem tive contato há algumas semanas, em um festival em Toronto. Ela me sondou sobre uma possível participação num filme que ela está produzindo. Além disso, talvez haja interesse que a nossa produtora participe também. O agente dela quer me encontrar amanhã para conversar.
_ Isto parece ser muito bom.
_ Pois é...Vou ver se é algo que realmente vale a pena. Preciso ver o roteiro.
O celular de Dani tocou. Ela até esquecera dele, mas havia pego a bolsa em que o deixara.
_ Alô?
_ Alô, Dani! – era a voz de Lourdes, animadíssima.
_ O que houve? Algum problema?
_ Nenhum. Mas você já está aparecendo nos sites de fofoca de Hollywood.
_ O quê? – ela olhou para Gerry, incrédula. Ele não entendeu nada.
_ Pois é! Apareceu uma foto sua, saindo de um estúdio em Los Angeles acompanhada pelo Gerard Butler. Os comentários eram de que você parece ser o novo amor do “famoso” ator. Que já teriam sido vistos várias vezes juntos e que estas são as primeiras fotos. È verdade?
_ Lourdes! Como você disse: È fofoca – mentiu. Não queria que todos em NY ficassem sabendo de seu caso – Deve ter sido quando saímos do teste hoje, no início da tarde – ela continuava olhando para ele, que estava ficando cada vez mais curioso com a conversa telefônica.
_ Ah...Que pena...Pensei que você tinha fisgado aquele gatão.
_ Não é nada disso. Pode se acalmar. Está tudo bem por aí?
_ Tudo. A Eve e o Steve estão juntos! Sabia?
_ Sério? Que boa notícia. E você e o Gary?
_ Mais ou menos...- sentiu certa tristeza na voz da amiga.
_ Aposto que tudo se resolve. A gente se fala na volta.
_ Está bem. Estamos com saudades.
_ Amanhã já vou estar em casa.
_ Até amanhã, Dani. Um beijo!
_ Um beijo, Lourdes.
Gerry não agüentava mais e perguntou:
_ Quem era?
_ Era Lourdes, uma de minhas amigas e companheira do apartamento. Ela ligou para dizer que aparecemos em fotos saindo do estúdio hoje, num site de fofocas.
_ Ah! Já era de esperar. Eles não largam do meu pé.
_ Espero não lhe causar problemas.
_ Problemas? Que tipo de problemas?
_ Talvez uma namorada ciumenta?
Ele a olhou sério e surpreso com a sua insinuação.
_ Uma namorada? Você acha que eu estaria com você tendo outra pessoa?
Ela ficou um tempo em silencio, sem conseguir olhar para ele, até que não agüentou mais e falou:
_ Gerry...Eu ouvi o seu telefonema hoje pela manhã e ouvi você se declarando para outra mulher.
Ele a olhou de cenho franzido, tentando buscar na memória o fato que ela lhe relatava. De repente, explodiu numa gargalhada, que a deixou muito surpresa.

_ Não precisa mentir. Se você tem alguém que ama...Eu entenderei...- falou com tristeza e resignação na voz. Ele segurou sua mão, ainda sorrindo divertido.
_ Olha pra mim, Dani. A única pessoa em quem estou interessado no momento é você. Eu não tenho mais ninguém – ele a fitava intensamente, demonstrando sinceridade em suas palavras.
_ Mas...Quem era aquela mulher do telefone.
Ele riu de novo e disse:
_ Minha mãe, Dani. Eu estava falando com minha mãe.
Ela ruborizou e não conteve um sorriso nervoso.
_ Era sua mãe? Mas parecia...
_ Ela estava cobrando a minha presença lá na Escócia. Faz algum tempo que não nos vemos. Estou pensando em passar o final de ano por lá.
Dani lembrou que , realmente, o tom com o qual ele falara ao telefone não era romântico. Apenas carinhoso.
_ Como eu sou idiota...
_ Idiota, não. Desconfiada e ciumenta. Será que dei motivos para isso?
_ Acho que sim.
_ Por quê?
_ A sua fama de conquistador de corações femininos é muito grande.
_ Tudo fofoca. Estou a séculos sem uma pessoa constante. Paqueras, sim, mas uma relação mais séria, não... – ele a olhou firmemente, sem sorrir – Mas acho que isto está mudando.
Ela arrepiou-se da cabeça aos pés ao ouvir aquelas últimas palavras. “Será que estou ouvindo direito ou é apenas minha imaginação querendo muito ouvir isto?”, pensou.
_ Você pensa realmente assim? – perguntou tímida.
_ Você não? – continuava a insistir com seu olhar determinado.
_ È no que eu mais quero acreditar, Gerry.
_ Então, vamos parar com estes ciúmes bobos. Que tal irmos para casa? Temos pouco tempo juntos até amanhã. O seu vôo sairá às 12horas e eu tenho a minha reunião com o tal agente e Alan logo depois.
_ Vamos sim... – Ela sentia-se flutuar. Tudo aquilo parecia um sonho: as palavras e o olhar de Gerry. Chegava a sentir medo de tanta felicidade.
Foram para casa e amaram-se mais intensamente que na primeira vez.
No dia seguinte, Dani arrumou suas malas. Já estava ficando triste por ter de deixá-lo, mas era preciso. Não podia abandonar a escola e continuar aprimorando sua maneira de atuar. Precisava pensar em sua carreira, que era a sua segunda paixão.
Às 10 horas deixaram o apartamento e seguiram em direção ao aeroporto de Los Angeles.
_ Te ligo hoje à noite, está bem? – disse ele, abraçando-a logo em seguida.
_ Vou ficar esperando... – Fez um carinho em seu rosto, arranhado de leve a sua barba rente.
Logo a voz no alto-falante chamou para o seu embarque.
Mais uma vez beijaram-se apaixonadamente, sem ligar para o movimento a sua volta.

Desembarcou às 20:30 horas em Nova York. Pegou um táxi e chegou ao seu apartamento que estava em completo silêncio. Aproveitou para guardar suas coisas e tomar um banho. A primeira a chegar foi Eve.
_ E então, como foi o teste?
_ Estou contratada!
Eve soltou um grito de alegria.
_ Já assinou contrato e tudo mais?
_ Não...- Dani deu-se conta que não tinha se preocupado com estes detalhes. Só a palavra de Gerry era o suficiente.
_ Neste meio, é bom ficar de olho...Ou será que aconteceram “coisas” por lá que a deixaram “distraída”?
_ Ah, Eve...Eu não ia contar para ninguém, mas acho que posso confiar em você. Eu estou realmente apaixonada.
_ Era o que eu temia...Pelo Gerard Butler, suponho.
_ È, por ele sim. Por quê?
_ Ele conseguiu conquistar mais uma.
_ Não, Eve. È diferente. Você não o conhece para falar assim. Ele não é essa imagem que a imprensa quer mostrar.
_ Tomara, minha amiga...Tomara. Não quero te ver sofrendo nas mãos de um Casanova destes. Mas me conta tudo. Como foi que as coisas aconteceram?
Dani passou a contar-lhe tudo, inclusive os dois incidentes com Alejandro. Depois de ouvir tudo, Eve fez sua declaração:
_ Vou ficar torcendo por você, Dani. Você merece.
_ Eve...Vou te contar uma coisa que nunca contei para ninguém. Eu sou louca por ele há quase cinco anos. Eu o vi em um filme épico, Àtila, onde ele fazia o personagem-título e me encantei por ele.


A partir daí, passei a pesquisar sua vida. Por causa dele e da sua história de vida mudei a minha própria. Larguei a faculdade de medicina para ser atriz, enfrentando toda a minha família que foi contra.
_ Estou abismada, Dani. Que loucura...Tomara que a relação de vocês vá além do sonho. Você merece minha querida.
_ Obrigada, Eve. Acho que estava precisando desabafar tudo isto com alguém.
_ Ele não sabe sobre nada disso?
_ Não...Talvez um dia eu lhe conte. Agora não vejo necessidade... E você e o Steve? Como estão?
_ Dani, estou em dívida com você. Aquele seu conselho valeu ouro. Tudo saiu como você previra. Estamos indo muito bem. Acho que também estou ficando apaixonada.
_ Bem, parece que este ano vai terminar muito bem
Riram e abraçaram-se. O telefone tocou e era Gerry, querendo saber se ela havia chegado bem.
_ Já estou com saudades – falou com voz maviosa.
_ Eu também, meu amor.
Eve resolveu deixar o casal namorando ao telefone e foi para seu quarto.
Os dois dias seguintes foram tranqüilos, apesar das saudades de Gerry. Ele ligava todas as noites e ficavam ao telefone por muito tempo. Na sexta-feira, quando Dani estava saindo do Actor’s Studio, foi surpreendida pela figura de Alejandro, que estava parado na porta principal da escola, procurando-a entre os alunos que entravam e saíam.


_ Daniela! Finalmente a encontrei – gritou ele, satisfeito.
_ Olá, Alejandro. Como você me achou? – perguntou não muito animada.
_ Não mereço nem um beijo? – perguntou.
E sem que ela pudesse reagir, pegou-a pelo braço e puxou-a até junto dele e quase a beijou na boca, não fosse ela ter desviado o rosto na última hora. Com algum esforço, ela conseguiu desvencilhar-se de suas mãos.
_ Alejandro, acho que não lhe dei intimidade para tanto – falou indignada com a atitude do jovem.
_ Ora, para achá-la, você mesma deu a dica, dizendo onde estudava. Eu apenas a segui. Quanto a intimidade, queria apenas um beijo. Nada demais. Na minha terra é muito comum beijar na boca as amigas – falou em tom de sarcasmo, não muito convincente.
Dani lembrou que tinha realmente falado sobre o Actor’s. Jamais pensou que isto seria entendido como uma “dica” para que ele a seguisse.
¬_ Alejandro, você sabe que estou saindo com uma pessoa e que ele é muito importante para mim.
_ Que aquela “montanha” era importante para você, eu não sabia. Tem certeza disso?
_ Absoluta. E gostaria que você respeitasse isso.
_ Está bem. Me desculpe. Que tal sermos apenas bons amigos? Vim para Nova York para conhecer a cidade. Você não quer ser minha cicerone nestes dias?
_ Não, Alejandro. Sinto muito. Tenho muito a fazer e estudar. Infelizmente você vai ter que arranjar outra pessoa para servir de guia.
Dani não reparou que Eve estava acompanhando todo este encontro de longe e que resolveu interferir ao ver que a amiga estava tendo problemas para se livrar do rapaz. Ela também notara um outro homem que estava fotografando os dois, o tempo inteiro. Achou aquilo muito estranho.
_ Dani, tudo bem?
_ Oi, Eve – respondeu Daniela, com um certo alívio ao ver a amiga – Este é Alejandro, de quem eu havia falado. Ele está em férias e veio conhecer NY. Nos encontramos duas vezes em LA – fez questão de frisar, demonstrando a pouca intimidade que tinham – Mas ele já estava de saída, não é, Alejandro?
_ Não vou insistir mais, Daniela. Sei quando não sou bem-vindo – disse, aparentando tristeza pelo fora recebido.
_ Por favor, não leve a mal...Entenda – ela sentiu pena e quase arrependeu-se do modo como o estava tratando.
_ Adeus, Daniela. Espero que você seja feliz com o mal-humorado.
Virou-se e saiu. Daniela resolveu não reagir e deixou-o ir.
_ Como ele a encontrou aqui? – perguntou Eve.
_ Eu mesma dei a dica sem querer.
_ Que sujeito estranho. Me pareceu um pouco falso. Você notou que estavam fotografando vocês?
_ O quê?
_ É. Tinha um homem fotografando vocês.
_ Você deve estar enganada. Devia ser algum turista tirando fotos da escola. Você sabe como isto é comum aqui – falou Daniela, tentando tranqüilizar a si mesma. Mas uma dúvida ficou a incomodá-la. “Seria algum paparazzi a persegui-la por ter sido vista com Gerry em LA? Não...Seria muita paranóia”
Quando chegaram em casa, Lourdes veio ao encontro delas toda feliz.
_ Dani, pelo jeito você está cheia de admiradores por aí. Olha só as flores lindas que chegaram. Não resisti e vi o cartão. É de um tal de Alejandro.
_ Puxa, o cara tinha certeza de que is conseguir alguma coisa com você, não? – comentou Eve.
Dani foi ver o cartão que estava no meio do lindo e imenso buquê de rosas vermelhas.


“Para a mais bela rosa...”
Ela ainda pensou: “Quanta falta de imaginação”.
Neste exato momento, a campainha tocou, antes que Daniela pudesse colocar fora o presente e o cartão, como era sua intenção. Lourdes correu para abri a porta.
_ Dani! Acho que tem visita para você.
Dani voltou-se irritada, pensando que teria de enfrentar novamente o remetente das flores.
_ Gerry!
_ Espero que eu seja uma boa surpresa – disse ao ver a expressão de Dani, segurando o buquê de rosas.
Por alguns instantes, o clima ficou tenso na pequena sala. Foi quando Eve resolveu intervir, antes que Lourdes resolvesse soltar uma de suas frases fora de hora.
_ Pode deixar, querida. Eu mesma vou me livrar destas flores. Já disse para o Steve que sou alérgica, mas ele insiste em mandar estes presentes. Como vai, senhor Butler?
_ Mas...Ai! – Lourdes levou um beliscão de Eve, o que a fez calar-se imediatamente.
_ Entre, Gerry! Ë claro que você é uma surpresa maravilhosa. Levei um susto, pois não o esperava - Dani jogou-se na direção dele, passando os braços em torno de seu pescoço e dando-lhe um beijo na boca, o que foi prontamente correspondida.
_ Agora é que eu não entendo mais nada...- sussurrou Lourdes na direção de Eve – Precisava me beliscar tão forte?
Eve respondeu apenas com um gesto de silêncio, colocando o dedo indicador sobre os lábios.
Dani puxou Gerry para dentro da sala e fechou a porta, que ainda estava aberta.
_ Estava com saudades – ele sussurrou em seu ouvido.
Ela o olhou com carinho e deu-lhe um outro beijo, desta vez no rosto.
_ Vem cá. Vou te apresentar para as minhas amigas.
Apresentações feitas, Eve puxou Lourdes pela mão, obrigando-a a acompanha-la ao quarto, onde esclareceu o que estava acontecendo à amiga confusa.
_ É impressão minha ou cheguei numa hora errada? Vocês todas estão muito estranhas.
_ É impressão sua.
_ Vocês costumam tratar-se aos beliscões e puxões?
_ Ah, é que a Lourdes não estava sabendo de nós dois. Antes que ela falasse alguma indelicadeza, Eve levou-a para explicar tudo. Deve ter sido isto... Adorei a surpresa. Você nem imagina quanto – disse, enlaçando os braços pela nuca de Gerry e oferecendo os lábios para mais um beijo.
_ Que tal sairmos para jantar? – convidou-a alegremente.
_ Adoraria! Você espera eu tomar um banho e me arrumar?
_ Claro!
Quando Eve voltou à sala, deu com Gerry sentado sozinho no sofá. Resolveu fazer um pouco de sala para ele e aproveitar para sondá-lo para saber suas reais intenções para com sua amiga.
_ A Dani o deixou sozinho? Posso lhe fazer companhia?
_ À vontade.
Passaram a falar sobre o filme em que Dani teria um papel. A partir daí, Eve deu um jeito de tentar conhecê-lo melhor e, ao final da conversa já podia perceber que ele era uma boa pessoa e que estava realmente interessado em sua amiga.


Antes que Dani voltasse, Gerry não resistiu e acabou por perguntar:
_ Eve, não me leve a mal. Mas porque vocês tentaram esconder que aquelas flores eram para a Dani.
_ Você leu o cartão? – perguntou, preocupada.
_ Não cheguei a tanto. Mas pude perceber que vocês todas estavam tentando esconder alguma coisa. As flores eram para ela, não?
Eve percebeu que ele havia “jogado verde para colher maduro” e ela caíra direitinho. Decidiu não mentir.
_ As flores foram mandadas por um chato chamado Alejandro, do qual provavelmente você já tenha ouvido falar. A Dani já ia jogar fora, quando você apareceu.
Neste instante ouviram a porta do quarto de Dani abrir-se.
_ Eve, por favor, não diga a ela que eu sei disso – pediu ele em voz baixa.
Ela não teve com negar aquele pedido. Não queria estragar o fim de semana de Dani.

Foram jantar num restaurante indiano....

Quando ele a convidou para ir ao seu apartamento, ela não pensou duas vezes. Só lá poderiam liberar todo o desejo que estavam sentindo um pelo outro.
Mal passaram a porta da entrada, Dani foi pega nos braços e levada para o quarto aos beijos e amassos. Ele a deitou sobre a cama e começou a despi-la lentamente.
_ Estava com tanta saudade – disse, enquanto a olhava inebriado, como a certificar-se de que seu corpo ainda era como exatamente como ele se lembrava. Depois de tirar a última peça de roupa passou a beijá-la por inteiro, começando pela ponta dos dedos do pé, arrancando suspiros de Daniela. Quando ele chegou ao seu púbis, ela não resistiu. Levantou-se e começou a tirar a as roupas dele. Queria sentir a sua pele, tocá-lo, abraçá-lo, sentir sua virilidade em contato com seu corpo. Como desejava aquele homem...
Ele continuou a beijá-la, enquanto ela o acariciava e arranhava de leve nos braços e costas, aumentando cada vez mais a excitação dele.
Logo se entregaram ao gozo e à luxúria de seus corpos. Os gemidos tornaram-se gritos de praze até alcançarem o êxtase. Assim que ela viu Gerry saciado e começando a relaxar , beijou-o e sussurrou:
_ Eu te amo...muito.
Ele abriu os olhos, com expressão tranqüila, um sorriso nos lábios e a puxou contra si mais uma vez e a beijou carinhosamente. Ficaram abraçados por um longo tempo. Ainda amaram-se mais duas vezes naquela noite. Dormiram quando o dia já amanhecia
Passaram o sábado juntos, no apartamento dele. Não sentiam necessidade de sair. Apenas a companhia um do outro bastava. Ouviram música, conversaram muito, brincaram e amaram-se. O dia passou lento e agradavelmente para ambos.
Gerry teria que voltar para L.A. no dia seguinte, à tarde. Queria aproveitar seu tempo, ao máximo, junto de Dani.
No domingo, no início da tarde, Gerry deixou Dani em seu apartamento e partiu para o aeroporto, onde pegaria o vôo das 15:30 horas. Ele ficou de ligar assim que chegasse à Los Angeles.
Depois desta última ligação, Gerry pareceu ter perdido o telefone de Dani. Os dias passavam, a noite chegava e ele não dava notícia alguma. No início ela pensou que fosse pelos inúmeros compromissos que ele tinha. Sabia que sua agenda estava cheia, mas, antes, ele sempre conseguis uma brecha para ligar. Começou a ficar preocupada. Resolveu ligar para sua casa em L.A. A empregada atendeu e disse que ele não estava e não soube dizer a que horas ele voltaria. A angústia começou a incomodá-la. Ligou outras inúmeras vezes, nos dias que se seguiram. Finalmente, num sábado à tarde, conseguiu ouvir a voz dele.
_ Gerry! É você?
_ Sim, sou eu – respondeu secamente.
_ O que houve? Estou ansiosa por notícias suas. Você não ligou mais. O que está acontecendo?
_ Você não faz idéia?
_ Não...O que há? Porque está falando comigo deste jeito?
_ Resolvi deixar o caminho livre para você e o seu amado Alejandro.
_ O quê?
_ Pergunte à sua amiga...Lourdes, não é? Aquela que gosta de freqüentar sites de celebridades.
_ Não estou entendendo... Gerry, por favor, porque você está falando comigo deste jeito?
E que história é esta de Alejandro? Nunca mais falei com ele.
_ Tem certeza? Eu vi as flores, Daniela. Sua amiga Eve confirmou que as flores eram de Alejandro, apesar de vocês terem tentado disfarçar. Mas não brigue com ela, pois ela tentou e me convenceu que você estava pronta para jogá-las no lixo antes de eu aparecer de surpresa.
_ Mas era verdade. Desculpe ter tentado enganá-lo, mas não queria que você ficasse com ciúmes. Não havia motivos para isso – sua voz já demonstrava um certo desespero e tornava-se embargada – Por favor, meu amor, não faz isso comigo.
Ele emudeceu do outro lado. Parecia estar muito magoado e ela não conseguia entender o porquê.
_ Não posso mais falar com você – a voz dele estava tremula – Talvez outro dia...Não se preocupe com o seu papel no filme. Ele ainda é seu. Não quero confundir nossa vida afetiva com a profissional.
Aquilo causou uma dor profunda em Daniela.
_ Como? – ela estava atônita, quando ouviu o click . Ele havia desligado o telefone.

Aguardem o final desta fic para amanhã...Prometo. Beijos!

3 comentários:

RUTE disse...

UUUáaaaaaa snif snif ploft grgrgrgrrggrg ploft!Não tenho mais palavras!

Profª Cassinha disse...

Cassinha disse... ai ai ai ... isto está ficando bom demais!!! Eu demoro pra vir aqui mas qdo venho ai ai ai.... é um delírio!!!! rsrsrs

Beijão Ro... a fic está show como sempre!!!

Lucy disse...

Ai, Gerry dando gargalhadas... um sorriso desse homem já acaba com os nossos hormônios...
Mas esse Alejandro é mesmo um oportunista, um canalha. Fazer uma coisa dessas com uma pessoa que havia sido tão simpática com ele... Mas o mundo está lotado de pessoas assim, infelizmente.
E lá vem o Gerry cabeça dura novamente. Mas é assim mesmo, quando a gente deixa o ciúme falar mais alto, enxerga tudo errado e acaba não conseguindo ver a realidade da situação. E são momentos assim que, infelizmente, acabam com a relação.
Mas, puxa vida, o Gerry já tendo sido fotografado tantas vezes com tantas mulheres, deveria pensar na hipótese de uma cena arranjada. Mas é 'cabeça dura'...
Tô aflita, vou para a próxima cena...
Beijinhos