Meu Sonho de Férias

Amigas Queridas!
Como algumas de vocês já sabem, neste último final de ano tive a oportunidade de realizar uma viagem maravilhosa, juntamente com meu marido. Há muito tempo tínhamos o sonho de passar um reveillon em Paris. Além disso, há outro tanto de tempo, mesmo antes de me tornar fã do Gerry, ansiava por conhecer a Escócia, país que sempre é mostrado como dono de belíssimas e grandiosas paisagens, sem falar no romantismo de seus personagens históricos e de suas tradições peculiares, como o kilt, as músicas e o som envolvente de suas gaitas de fole. Assim, começamos a organizar o nosso roteiro de viagem. Nem acreditei quando entrei no avião, no dia 28 de Dezembro, e cruzei o Atlântico rumo ao continente europeu. Minha ansiedade era ainda maior pois soubera a poucos dias que o Gerry estava indo passar o Natal na casa da mãe. Imaginem o que não me passou pela cabeça. E se eu o visse no Aeroporto, se o encontrasse em Londres (que tb fazia parte da nossa rota)?...mil pensamentos me passaram pela cabeça. Cheguei a combinar com meu marido de que eu o queria como intérprete se este encontro se realizasse. Imaginem a cara que ele fez...Mas concordou, provavelmente sabendo que isto seria muito difícil de se realizar. Claro que eu não pedi para que ele me recolhesse do chão caso eu desmaiasse ao ver o meu ídolo. Seria demais... Parti munida de minha carteira do fã-clube, para mostrar ao Gerry, e com a capa do CD do PS I Love You, para que ele pudesse autografar...Sonhos, sonhos... Foi muito bom sonhar um pouco além. Este anseio durou pouco, pois em Londres já fiquei sabendo que Gerry passara o seu reveillon em Miami. Depois desta notícia, o laptop que tínhamos levado para não perder completamente o contato com os filhos e os amigos, teve um problema com a bateria e não pode ser mais utilizado. Até agora tenho a sensação acho que a minha desilusão foi tamanha que acabou com a máquina...rsrsrs. Será?

Chegamos em Paris no dia 29, sendo recebidos por intenso frio (uma delícia! Adoro frio). Eu já tinha estado lá anteriormente. A cidade é linda e com toda a razão é chamada de Cidade Luz. Não existe lugar mais romântico e envolvente que Paris. As pessoas são charmosas e elegantes e raramente se vê alguém mal-humorado...Pelo menos eu não conseguia perceber sinais de mal humor ou grosseria, talvez por andar num misto de euforia e deslumbramento. Por causa do frio intenso, grande parte das fontes, que enfeitam a cidade, estavam congeladas. Nevou apenas um dia, enquanto estávamos por lá. Diante do Hôtel de Ville, a “prefeitura” da cidade, foi colocada uma pista de patinação, onde diariamente, adultos e crianças, podem divertir-se sobre seus patins durante os meses de inverno. À noite, a famosa Avenida Champs Elisée estava completamente iluminada pelas luzes do Natal, desde a Place de La Concorde, onde colocaram uma enorme roda gigante, até o Arco do Triunfo. Por ali, centenas de pessoas caminhavam, como em peregrinação, fascinadas com as belezas do local. Era algo surreal.

Chegada em Paris


Fonte congelada em frente ao Centro Pompidou


Place de La Concorde e a Roda Gigante


Avenida Champs Elisée
Olhem só o engarrafamento




O Arco do Triunfo


Notre Dame


Cidade Luz


Hôtel de Ville


Pista de Patinação


Amiga babando



Passamos a noite da virada num lugar chamado Barrio Latino, que lemos a respeito na internet num blog de um brasileiro que dá dicas de viagem. Foi o máximo!! Fazia muito tempo que eu não dançava tanto como naquela noite. A alegria no local era contagiante. Havia centenas de pessoas de todas as nacionalidades. Chegamos a fazer amizade com uma baiana super simpática, que estava lá com a filha. Muitos brasileiros, italianos, franceses(obviamente), americanos...enfim, todos na maior festa de confraternização.

Barrio Latino




Balões no teto do salão


Olha eu lá!


A Festa


Os confetes eram enormes, feitos de papel encerado



Deixamos Paris no dia 4 de janeiro, na maior expectativa, pois andaríamos pela primeira vez no famoso Eurotúnel, no trem que passa sob o Canal da Mancha, considerada a maior passagem submarina do mundo. Foi uma experiência e tanto, com uma pitada de medo por saber que estaríamos sob o oceano, dentro de um trem. E se tem algum vazamento?? A gente nunca sabe...Mas, como podem ver, não aconteceu nada, já que estou aqui contando a minha aventura. Só posso afirmar que foi uma das viagens mais tranqüilas que já fiz. O trem funciona como num avião, com “aeromoças e comissários de bordo” (não sei como eles são chamados) servindo bebidas e uma pequena refeição deliciosa (nada das barras de cereais que servem atualmente nos nossos vôos domésticos). Posso dizer também que não se sente nenhuma trepidação ou solavanco durante a travessia.
O frio parecia estar ainda maior em Londres. Nos canais de TV eles estavam se queixando muito do mau tempo. Fico imaginando o que não devem estar falando agora, depois que começou a nevasca por lá.
Esta é outra cidade maravilhosa, cheia de atrações por todos os lados. O BigBen, o Parlamento, Westminster, a London Eye(aquela roda gigante gigantesca, que nunca pára de rodar e que permite uma visão incrível da cidade), o Hyde Park...Fiquei emocionada ao caminhar pelas ruas como a Bond Street, a Dover Street, Marylebone Avenue, que descrevi em algumas das minhas fics, como em “Erik” e “Anjo da Guarda”.

Estação do Eurotunel


Interior do trem


Piccadily Circus



BigBen


London Eye á noite


Vista de dentro da Roda do London Eye


Uma das cabines da roda



Mas a emoção maior ainda estava por vir. Meses antes, depois de termos definido a viagem, adquirimos ingressos pela internet, no Her Majesty Theatre, onde estava sendo representada o "The Phantom of the Opera".
Chegamos ao teatro cerca de duas horas antes do horário para trocar os bilhetes adquiridos na Internet. Confesso que ficamos aliviados ao verificar que a compra tinha sido realmente efetivada. Sempre existe o medo em relação a estas compras internáuticas. Já comecei a ficar emocionada ao ver os cartazes da ópera expostos na frente do teatro e os banners indicando o nome do espetáculo: “The Phantom of the Opera”. Gente, meu coração parecia que ia explodir. Ainda não acreditava que ia assistir aquela ópera, naquele lugar. Tive vontade de me beliscar. Enquanto meu marido pegava os ingressos, fiquei extasiada e “babando” (um pouco) diante das grandes fotos que mostravam os atores em cena, do tapete vermelho que forrava as escadarias que conduziam à platéia onde eu estaria em pouco tempo. Claro que já tiramos algumas fotos.
Saímos para jantar num pub próximo. Quando voltamos às 19 horas, meia hora antes do início do espetáculo, já havia um grande número de pessoas agitando em frente ao teatro. A minha ansiedade era grande e minha respiração quase faltou ao apagar das luzes e ao ouvir os primeiros acordes da orquestra. Quase morri ao ver o grande lustre de cristal sendo elevado acima de nossas cabeças , como se eu estivesse mesmo na Ópera de Paris, vivendo aquela estória linda. Pensei muito em todas vocês, desejando que pudessem estar ali comigo sentindo toda aquela emoção. Lembrei muito da nossa querida Pati, minha amiga mineira e fã incondicional do Erik. A cada cena ficava impressionada em como eles conseguiam levar ao palco praticamente tudo que eu assistira no cinema. Os atores e suas vozes angelicais eram fantásticos, principalmente o trio romântico central. O Phantom do teatro é um pouco mais enlouquecido e assustador que o nosso Gerry, mas não menos cativante. Quando ele cantou Angel of Music, sem perceber, comecei a cantar junto. Tive que ser cutucada pelo meu marido para voltar a realidade. Mas eu não estava só neste devaneio, pois ouvi outras vozes cantando na platéia.
Foi uma noite inesquecível, para guardar na mente e no coração. Saí flutuando da minha poltrona. Não havia pessoa que não parecesse ter adorado a apresentação. Até na fila dos toaletes, a inglesa que estava na minha frente virou-se para perguntar se eu havia gostado, também com ar de embasbacada. Eu só consegui dizer que tinha adorado e que eu amava o Phantom. Mais tiete impossível, não? Ainda bem que a gente não está só...rsrsrs. Fiquei me perguntando se ela não seria fã do Gerry tb. Tiramos mais fotos, inclusive na saída dos atores, onde não tive coragem de ficar esperando o elenco sair para pedir autógrafo. Talvez se fosse o Gerry, eu certamente ficaria ali a noite toda a espera dele.

Her Majesty Theatre








Bilheteria no saguão do teatro


A Tiete


Depois do espetáculo...Não acham que o sorriso está maior?


Na saída dos atores


Eu estava apenas na metade da viagem. Ainda teria todo o interior da Inglaterra e, finalmente, a Escócia e suas Highlands.
Volto numa segunda parte, logo, logo...Beijos!